Políticas de Solidão Demasiadamente Cotidianas

Autores

  • Luís Felipe Parise Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Simone Mainieri Paulon Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20i1.e8507

Palavras-chave:

solidão, psicologia clínica, processos de subjetivação contemporâneos, filosofia política.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo problematizar as políticas de solidão do contemporâneo. Para tanto, debruça-se sobre algumas linhas de composição dos dispositivos que operam na transição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle. Os campos problemáticos são, principalmente: a constituição das cidades modernas; o desenvolvimento do liberalismo econômico e o governo de individualização. Utiliza-se a metodologia genealógica para elucidar aspectos da problemática em questão. Encerra-se com uma reflexão sustentada nos modos de existir solitário, à luz das leituras de Deleuze e Foucault. Evoca-se uma solidão fundamental, conceito-chave para se perspectivar a experiência urbana solitária para além da lógica do individualismo.

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Biografia do Autor

Luís Felipe Parise, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Psicologia Social e Institucional

Simone Mainieri Paulon, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Psicologia Social e Institucional

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Publicado

21.08.2020

Como Citar

Parise, L. F., & Paulon, S. M. (2020). Políticas de Solidão Demasiadamente Cotidianas. Revista Subjetividades, 20(1), Publicado online: 21/08/2020. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20i1.e8507

Edição

Seção

Estudos Teóricos

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