Paternidade em Famílias Pós-divórcio cujo Pai detém a Guarda Unilateral dos Filhos
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.14.3.486-498Palavras-chave:
paternidade, pai, guarda dos filhos, família, famílias pós-divórcio.Resumo
Contemporaneamente, motivada por diversos movimentos sociais, a concepção de paternidade vem sofrendo mudanças, redefinindo-se diferentemente da paternidade tradicional, cujo pai detinha o poder e cumpria a responsabilidade pelo sustento familiar, dentre outras atribuições que o distanciavam da família. Hoje, alguns pais vivenciam modelos diferentes do tradicional, exercendo a paternidade com maior participação nas atividades domésticas, nos cuidados e na educação dos filhos e firmando vínculos próximos, afetuosos e amorosos com esses e a esposa. A partir desse novo cenário, delineado na literatura, o objetivo deste estudo é compreender o exercício da paternidade em famílias pós-divórcio cujo pai detém a guarda unilateral dos filhos. Participaram desta pesquisa de cunho qualitativo três pais com idade entre 29 e 44 anos, com a guarda unilateral, durante um período maior do que seis meses, com, pelo menos, um filho entre 6 e 13 anos de idade. Observou-se que os pais investigados exercem a paternidade de maneira diversa da tradicional, ainda que de forma diferenciada entre eles. Relacionam-se com os filhos afetuosamente e ressaltam o valor da proximidade e a satisfação que sentem por exercerem a paternidade dessa maneira. Por conviverem sozinhos com os filhos, acumulam as tarefas domésticas, os cuidados e a educação dos filhos e o lugar de provedor do lar. Em função disso, dividem com as crianças determinadas tarefas, geralmente as domésticas, enquanto, com relação aos custos com saúde, material escolar, vestimentas e eventuais necessidades de cuidados dos filhos, recebem ajuda de alguns componentes da família de origem. Para o sustento familiar, realizam atividades profissionais que possibilitam trabalho em casa e flexibilidade nos horários. Em dois dos casos, houve um distanciamento da mãe em relação à família do pai, porém em outro, a mãe recebia visitas regulares do filho.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.