A jornada heroica na obra Vidas Secas: Apropriações entre Literatura e Psicologia Analítica
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e13092Palavras-chave:
jornada heróica, processo de individualização, literatura, Vidas SecasResumo
O presente artigo busca identificar as etapas da jornada heroica captadas do enredo da obra Vidas Secas (2018), de Graciliano Ramos, e vividas pelo personagem retirante Fabiano. Com esse fim, realizamos uma revisão narrativa de literatura sobre o âmbito conceitual convocado, com foco em um prisma junguiano, o que serviu de base para a análise do personagem em seu percurso interno e externo ao decorrer da obra. Isso nos permitiu a interpretação de que Fabiano percorre as doze etapas da jornada heroica, em que percebemos um ciclo em que se expressam, por exemplo, as relações entre seu caminho de herói, os complexos familiares, e como o personagem os vive, assim como seu renascimento para outras possibilidades. Tal percurso vivido por Fabiano nos permite tanto a percepção deste enquanto um herói que, a cada instante, vive desafios, assim como nos convoca a nossa percepção sobre nós próprios enquanto heróis, Fabianos que vivem entre a seca e a abundância.Downloads
Referências
Barbosa, F. W. S., Jr. (2016). Impermanências. Premius.
Barbosa, F. W. S., Jr. (2018). Expressões de desterritorialização a partir do personagem Fabiano, da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos. [Dissertação de mestrado, Universidade de Évora]. Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. http://hdl.handle.net/10174/23115
Barbosa, F. W. S., Jr. (2019). Da coragem de ser. In SESC/DF (Org.), Prêmio Sesc de Poesias Carlos Drummond de Andrade - Edição 2018 (pp. 102-103). SESC/DF
Barcellos, G. (2019). Mitologias arquetípicas: Figurações divinas e configurações humanas. Editora Vozes.
Bosi, A. (2015). História concisa da Literatura Brasileira. Cultrix.
Campbell, J. (2015). El heroes de las mil caras. Fondo de Cultura Económica de España.
Campbell, J. (2017). El poder del mito. Editorial Capitán Swing.
Carneiro, H. F., Martins, J. C. O., & Rocha, H. P. (2011). Percepções do sofrimento psíquico na obra de Patativa do Assaré. Psicologia & Sociedade, 23(3), 592-597. https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000300017
Dell, C. (2014). Mitologia: Um guia dos mundos imaginários. Edições Sesc.
Didi-Huberman, G. (2010). O que vemos, o que nos olha. Editora 34.
Freud, S. (2021) Obras completas, volume 5: Psicopatologia da vida cotidiana e sobre os sonhos. Companhia das Letras.
Gennep, A. V. (2013). Os ritos de passagem. Editora Vozes.
Grinberg, P. (2017). Jung, o homem criativo. Editora Blucher.
Hillman, J. (2010). Re-vendo a psicologia. Editora Vozes.
Homero. (2022). Odisseia. Editora 34.
Jung, C. G. (2013a). A natureza da psique. Editora Vozes.
Jung, C. G. (2013b). Tipos psicológicos. Editora Vozes.
Jung, C. G. (2015). O eu e o inconsciente. Editora Vozes.
Jung, C. G. (2017a). Fundamentos da psicologia analítica. Editora Vozes.
Jung, C. G. (2017b). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Editora Vozes.
Jung, C. G. (2021). Os livros negros. Obras completas. Editora Vozes.
Knox, J. (2019). O relacionamento analítico: Integrando perspectivas junguianas do apego e desenvolvimentais. In M. Stein (Org.), Psicanálise junguiana: Trabalhando no espírito de C. G. Jung (Cap. 18, pp. 288-305). Editora Vozes.
Moraes, D. (2015). O velho Graça: Uma biografia de Graciliano Ramos. Editora Boitempo.
Valente, V. L. C. (2021). Polis, psique e política: Caminhos de poder e adoecimento da alma. In H. Oliveira, R. T. Gui, & R. Bragarnich (Orgs.), O espírito insaciável da época – Ensaios de Psicologia Analítica e política (Cap. 9, pp. 223-251). Editora Vozes.
Ramos, G. (2018). Vidas secas. Editora Record.
Vechi, L. G. (2018). A hermenêutica junguiana em estudo: Aplicações possíveis na pesquisa qualitativa em psicologia. Revista de Psicologia, 9(2), 21-30. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-909344
Ribeiro, D. (2015). O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. Global Editora.
Rocha, H. P., Buriti, I., & Martins, J. C. O. (2010). “Eu canto o sertão que é meu”: escrituras de sertão na poesia de Patativa do Assaré. Dimensões, 24, 298-319. https://www.academia.edu/27471752/Eu_canto_o_sert%C3%A3o_que_%C3%A9_meu_escrituras_de_sert%C3%A3o_na_poesia_de_Patativa_de_Assar%C3%A9
Salis, V. D. (2003). Mitologia viva: Aprendendo com os deuses a arte de viver e amar. Nova Alexandria.
Salis, V. D. (2017). Paideia nos 12 trabalhos de Hércules: Caminhos para formar um jovem ético e criador. Sattva Editora.
Stein, M. (2020). Jung e o caminho da individuação: Uma introdução concisa. Editora Cultrix.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Subjetividades
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.