La prison féminine et ses affections: Genre, soins et famille

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i2.e13997

Mots-clés :

prison, femmes, familles, affections, soins, genre

Résumé

La politique d'incarcération de masse est une réalité de plus en plus réitérée. En ce qui concerne l'incarcération des femmes, en particulier, le Brésil se classe au troisième rang
mondial. Dans ce travail, nous analysons, à travers une recherche cartographique, comment le système punitif de privation et de restriction de liberté affecte les femmes incarcérées, ainsi que leurs réseaux de soutien familial. À partir des résultats d'un travail mené dans une unité pénitentiaire pour femmes à Rio de Janeiro, à travers des cercles de conversation avec des détenues, nous tissons des réflexions sur les affections construites et reconstruites à l'intérieur et à l'extérieur de la prison, généralement sous la forme de liens familiaux. En ce sens, à partir des récits de ces femmes, nous cherchons à mettre en lumière les conformations et le maintien des relations affectives comme moyen essentiel de préserver leur vie. Imprégnées d'angoisse, de violations et d'absences latentes liées à la privation ou à
la restriction de liberté, ces relations intra et extramuros sont signalées comme des stratégies de survie et comme des lignes de fuite, permettant de créer des fissures dans l'institution carcérale rigide et d'envisager d'autres manières d'être en prison.

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Bibliographies de l'auteur-e

Letícia Palmeira Martins, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Graduada em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: interseccionalidade, gênero, violência, feminismo, educação.

Ana Camilla de Oliveira Baldanzi, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS/UERJ), mestre em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS/UERJ), graduada e licencianda em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Pós-graduanda em Psicologia Jurídica pela Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Anna Paula Uziel, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), graduação em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991), mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e diretora do Instituto de Psicologia da UERJ (2024-2027).

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Publié-e

2024-08-16

Comment citer

Martins, L. P., Baldanzi, A. C. de O., & Uziel, A. P. (2024). La prison féminine et ses affections: Genre, soins et famille. Revista Subjetividades, 24(2), 1–13. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i2.e13997

Numéro

Rubrique

Relatos de Pesquisa

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