Femmes, médicalisation et groupalité

expérience de gestion autonome des médicaments dans le Nord-Est

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i1.e13920

Mots-clés :

mujeres; medicalización; salud mental; atención primaria; sertão.

Résumé

Le discours psychiatrique sur la normalité a entraîné une utilisation excessive de médicaments psychiatriques, les femmes étant les plus grandes consommatrices de ces médicaments, prescrits plus fréquemment dans le domaine des soins de santé primaires. Considérant cela, la recherche-intervention rapportée dans cet article visait à cartographier la participation des femmes en détresse psychologique dans un groupe de gestion autonome des médicaments (AMM) dans une ville de l'arrière-pays du nord-est du Brésil. Il a pris comme scénario d'analyse les relations de genre en tant que compositeurs de phénomènes de médicalisation dans la vie des femmes et a démontré que le groupe "MAG - Women" était un générateur de résistance, par le biais de pratiques co-créatives mises en œuvre par les participants. La recherche sur le terrain a été menée pendant 6 mois, au cours de 24 réunions hebdomadaires. Les données ont été analysées sur la base de fragments narratifs extraits des journaux de terrain et des enregistrements vocaux effectués lors des réunions de groupe. L'étude montre que les femmes de la campagne, lorsqu'elles se reconnaissent comme sujets dans les relations de pouvoir institutionnelles et avec la capacité de produire des mouvements autonomes.

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Bibliographies de l'auteur-e

Iasmin Sharmayne Gomes Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Potiguar - UNP (2017). Estágio Pós-Curricular pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN (2017). Residência em Atenção Básica pela Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - EMCM/UFRN (2020). É mestra em Psicologia pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - PPGPSI/UFRN (2022). No campo de pesquisa atuou com os seguintes temas: feminilidades sertanejas, feminismos, saúde mental de mulheres, reforma psiquiátrica brasileira, pesquisa-intervenção, gestão autônoma da medicação, cartografia e medicalização do corpo feminino. Atualmente é psicóloga clínica na Caroá Coletiva Psi, atuando com a proposta esquizoanalítica de uma clinica ética-estética-política.

Maria Teresa Lisboa Nobre Pereira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO-1984), Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS-1997), Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC-2006) e Pós-doutorado na mesma área, também na UFC (2017) com passagem pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) como Investigadora Visitante durante parte do estágio pós-doutoral. Foi docente da Universidade Federal de Sergipe entre 1991 e 2011. Professora Associada aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a partir de 2012, é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN. Membro do Grupo de Estados e Pesquisa sobre Política, Produção de Subjetividades e Práticas de Resistência (GENTILEZA-UFRN) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Exclusão Cidadania e Direitos Humanos (GEPEC-UFS).

Ana Karenina de Melo Arraes Amorim, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade de Brasília (UnB). Doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Professora Associada do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN. Coordenadora do Grupo de Estudos em Política, Produção de Subjetividade e Práticas de Resistência (Gentileza/GPPR/UFRN). Associada da Associação Brasileria de Saúde Mental (ABRASME), da Associação Brasileira de Psicologia Social e da Associação Brasileira de Psicologia Política. Membro do Observatório de Saúde Mental do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (OBSAM/NESC/UFRN) e do Conselho Consultivo do Centro de Referência em Direitos Humanos Marcos Dionísio (CRDHMD/UFRN). Apoiadora da Associação Potiguar Plural de Luta Antimanicomial.

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Publié-e

2024-01-15

Comment citer

Bezerra, I. S. G., Pereira, M. T. L. N., & Amorim, A. K. de M. A. (2024). Femmes, médicalisation et groupalité : expérience de gestion autonome des médicaments dans le Nord-Est. Revista Subjetividades, 24(1). https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i1.e13920

Numéro

Rubrique

Relatos de Pesquisa

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