Facteurs de risque et de protection des immigrés vénézuéliens : rôle des politiques publiques
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i1.e13560Mots-clés :
immigration, politique publique, famille, Venezuela, approche qualitativeRésumé
Cette étude visait à étudier les facteurs de risque et de protection du processus de migration des familles vénézuéliennes vivant dans le sud du Brésil sous l’angle des politiques publiques. Un entretien individuel semi-structuré a été réalisé avec neuf familles vénézuéliennes. Pour l’interprétation des données, l’analyse de contenu catégorielle proposée par Bardin a été utilisée. On a constaté les facteurs de risque pré-migratoires suivants : le manque de nourriture, le manque de médicaments et le manque d’articles à usage personnel. Les facteurs de protection au Venezuela étaient associés au soutien de la famille et des amis, ainsi qu’aux loisirs. Les facteurs de risque au Brésil étaient liés au manque de logement ou aux conditions précaires, aux difficultés linguistiques, à la nostalgie des membres de la famille, aux problèmes d’insertion scolaire des enfants, au retard scolaire et aux barrières culturelles. Parmi les facteurs de protection post-migratoires, on cite le rôle des organisations indépendantes dans l’accueil des immigrants, ainsi que la solidarité de la population brésilienne, les loisirs et l’aide de l’école. Bien que ces dernières années aient vu des changements dans le contexte des politiques publiques brésiliennes, les familles immigrées continuent de faire face à des facteurs de risque significatifs pour la santé mentale et physique de
leurs membres. Il est nécessaire que l’État réfléchisse et débatte sur la manière dont ces politiques se déroulent afin de combler les
lacunes existantes dans ce contexte. Cette recherche fournit des informations qui peuvent servir de guide pour les interventions futures,
en mettant l’accent sur la promotion de la santé des immigrants.
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