Considérations des Études Brésiliennes pour la Clinique Psychologique avec les Personnes Noires
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i1.e13555Mots-clés :
psychologie clinique, racisme, préjugé, discrimination socialeRésumé
Le racisme est présent dans les institutions, où il entraîne des négligences dans la perception des maux causés par les préjugés et la discrimination. La psychologie a le devoir éthique de ne pas reproduire le racisme structurel et institutionnel. Face à cela, au moyen d'une revue intégrative, on a enquêté sur les aspects de la clinique psychologique avec des personnes noires abordées dans les recherches du contexte brésilien. Cinq articles ont été sélectionnés dans quatre bases de données. L'analyse des données a eu lieu à travers l'analyse de contenu. Les études trouvées, majoritairement qualitatives, ont bénéficié de la participation prédominante de clientes femmes adultes. On a constaté que les demandes présentées par les clientes noires sont liées au racisme, se manifestant à travers une vision d'infériorité de soi qui prend différentes formes (par exemple, une auto-exigence excessive, un manque d'appartenance). L'accueil par la thérapie de groupe s'est révélé prometteur pour les clientes noires, étant le seul aspect de traitement potentiel identifié dans les recherches analysées. Il est conclu qu'il est nécessaire de mener davantage d'études empiriques sur la clinique avec les personnes noires afin que la psychologie puisse réellement s'affirmer comme antiraciste.
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