As Funções do Pai: Pensando a Questão da Autoridade na Constituição do Sujeito Contemporâneo a Partir de um Estudo Psicanalítico do Ideal do Eu
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.14.2.284-296Palabras clave:
função paterna, ideal do eu, autoridade, excesso, sujeito contemporâneo.Resumen
O presente trabalho realiza um exame sobre o conceito de ideal do eu em Freud e Lacan para pensar a questão da autoridade nos dias de hoje e os efeitos disso da constituição do sujeito contemporâneo. Situa, primeiramente, as diferentes configurações familiares ao longo da história, especialmente aquelas que se evidenciam na atualidade, referenciadas no estudo de Margareth Mead sobre as culturas pré-figurativas, onde se assinala uma relação de poder dos filhos sobre os pais cujo estatuto implica uma nova organização dos papéis na família. Pontua-se nessa análise uma relação diferenciada com as questões da autoridade, do limite e da lei que implica um fenômeno aqui denominado evanescência do ideal do eu. Para aprofundar esta questão, nos dirigimos à obra de Freud, no sentido de pensar o papel do ideal do eu no modelo teórico da identificação que tem como operador a figura da autoridade do pai na constituição do sujeito. Em seguida, rumamos para o avanço desta questão no pensamento de Lacan, situando os três tempos da organização edipiana, distinguindo-se a função do pai como lei simbólica, da função do pai como figura identificatória que abre caminho para o ideal do eu. Tal distinção é pertinente ao traçado teórico que aqui propomos realizar, no sentido de apontar para uma peculiaridade na relação entre ideal do eu e privação circunscrita à dinâmica edipiana. Por fim, esta análise se dirige a uma concepção pluralizada da função paterna na organização do sujeito, o que implica importantes consequências do ponto de vista da constituição sintomática dos dias de hoje, característica das experiências de excesso que se evidenciam na clínica psicanalítica, bem como na relação ao gozo frente ao mal-estar contemporâneo.Descargas
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