Luto Real y Simbólico: Una Experiencia de Madres de Bebés Nacidos Muertos
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23iEsp.%201.e12731Palabras clave:
proceso de luto, ruptura, nacido muertoResumen
La pérdida de un hijo es un evento que inaugura un proceso largo y doloroso de duelo para toda la familia. En el caso de un bebé nacido muerto, todavía son escasos los estudios sobre el proceso de enlutación de aquellos que esperaban ansiosamente aquel nacimiento. La muerte del bebé y la ruptura de expectativas positivas relacionadas con la gestación dan lugar a un proceso específico de duelo. Así, el artículo en cuestión tuvo como objetivo abordar el luto real y simbólico de la madre a partir de la pérdida de un bebé nacido, utilizando como marco teórico la Psicología Semiótica-Cultural. Se realizó un estudio de casos múltiples con dos participantes, utilizando la técnica de la entrevista narrativa. Las participantes necesitaban atender a los siguientes criterios: haber sido madre de un hijo que sufrió muerte perinatal, y haber pasado por esa experiencia hace por lo menos un año. Este tiempo se estableció a partir de estudios que apuntan a ese período como el de mayor estrés para los padres. Los resultados corroboraron los principales hallazgos encontrados en la revisión de literatura y señalaron que ese es un proceso de duelo con peculiaridades, y que se da en las esferas real y simbólica. El no reconocimiento del luto por el entorno y la falta de apoyo institucional estuvieron presentes en las conversaciones de las participantes como factores que hicieron sus experiencias aún más dolorosas. Sin embargo, la terapia apareció como un recurso importante para ayudar a tratar la pérdida. Se sugieren más estudios que también incluyan las narrativas de los padres y la red de apoyo sobre la experiencia de un bebé nacido muerto, con el fin de profundizar las repercusiones de la pérdida para todo el contexto que la envuelve.
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