O Imperativo da Felicidade na Contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i3.e12646Palabras clave:
imperativo, felicidade, consumo, neoliberalismo, contemporaneidadeResumen
O presente ensaio teórico versa sobre a temática do imperativo da felicidade na contemporaneidade, contemplando o atual momento histórico de crise pandêmica. Para tanto, busca-se na interface entre psicologia e outras áreas de conhecimento, tais como ciências sociais, filosofia e psicanálise, a inteligibilidade necessária para apreensão do estudo. Inicialmente, pretende-se realizar um breve resgate sobre as concepções de felicidade ao longo da história, refletindo sobre como as transformações da cultura permitiram que a felicidade fosse deslocada do campo do sonho para o campo do dever. Posteriormente, propõe-se abordar o lugar que a felicidade, transformada em imperativo, ocupa na contemporaneidade, atravessada pelo discurso capitalista neoliberal e pelos argumentos da sociedade de consumo e desempenho. Por fim, sugere-se que a cartografia social contemporânea, sob a égide do neoliberalismo e seus reflexos na cultura, incide sobre os processos de subjetivação em forma de adoecimento.
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