Psicanálise e Literatura: Uma Proposta de Análise do Conto Berenice
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18i2.5205Palavras-chave:
literatura, psicanálise, literatura fantástica, Poe, medoResumo
Este artigo trata de uma análise do conto Berenice, de Edgar Allan Poe. O conto faz parte de uma coletânea de histórias de terror e mistério, e está inserido no que se chama de literatura fantástica. A análise proposta tem por base a psicanálise, considerando seu entendimento como método de conhecimento a partir da interpretação, sem, contudo, desconsiderar elementos da crítica literária. Foram pontos marcantes nos resultados deste estudo o surgimento da psicanálise e da literatura fantástica, a questão do duplo, o espaço na narrativa, o onírico, as fantasias acerca da cena aterrorizante e a literatura de terror como possibilidade de acessar o estranho e o desamparo, assim como realizar o desejo de transgressão do sujeito.Downloads
Referências
Carmo, A. (2014). O fantástico em “Berenice” de Edgar Allan Poe. Revista Memento: Revista do mestrado em Letras Linguagem, Discurso e Cultura, 5(1). http://periodicos.unincor.br/index.php/memento/article/view/1575
Bartucci, G. (2001). Sobre a eficácia clínica do processo de leitura. In G. Bartucci (Org.), Psicanálise, literatura e estéticas de subjetivação. Rio de Janeiro: Imago.
Bauman, Z. (2006). Medo líquido. Rio de Janeiro: Zahar.
Chauí, M. (1984). Repressão sexual: Essa nossa (des)conhecida. São Paulo: Brasiliense.
Eiras, P. (2010). Para que servem as histórias que metem medo? In E. Morujão, & Z. Santos (Coords.), Literatura culta e popular em Portugal e no Brasil: Homenagem a Arnaldo Saraiva. Porto, Portugal: Faculdade de Letras da Universidade do Porto. http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10410.pdf
França, J. (2011). Fontes e sentidos do medo como prazer estético. Insólito, mitos, lendas e crenças, Anais do II Encontro Regional. O Insólito como questão na narrativa ficcional, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Freire, J. C. (2008). Literatura e psicologia: A constituição subjetiva por meio da leitura como experiência. Arquivos brasileiros de Psicologia, 60(2), 2-9. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672008000200002
Freud, S. (1893–1895/2008). Estudos sobre a histeria. In J. Strachey (Ed.), Edições Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 2). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1900/2008). A interpretação dos sonhos. In J. Strachey (Ed.), Edições Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 4). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1905/2008). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In J. Strachey (Ed.), Edições Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 7. Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1915/2014). Introdução ao narcisismo, ensaios de metapsicologia e outros textos. In O inconsciente. São Paulo: Companhia das Letras.
Freud, S. (1919/2014). O homem dos lobos e outros textos. In O inquietante. São Paulo: Companhia das Letras.
Furtado, F. (2007). A construção do fantástico na narrativa. Lisboa: Livros Horizonte.
Gama-Khalil, M. M. (2009). O espaço ficcional e a instauração do terror nos contos de Poe. Anais do Congresso Internacional Para Sempre Poe, Belo Horizonte, MG, Brasil, 242-250.
Hermann, F. (2004). Pesquisa psicanalítica. Ciência e cultura, 56(4), 1-8. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252004000400014
Hermann, F. (2005). A psicanálise e a clínica extensa. Introdução: Clínica extensa. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Kon, N. (2001). Psicanálise, literatura e estéticas de subjetivação. In De Poe a Freud: O gato preto. Rio de Janeiro: Imago.
Lovecraft, H.P. (2008). O horror sobrenatural em literatura. São Paulo: Iluminuras.
Malard, L. (2013). Literatura e Psicanálise: A mulher sem pecado, de Nelson Rodrigues. O eixo e a roda, 22(2), 175-189. http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/o_eixo_ea_roda/article/view/5388
Marzagão, L. R., Ribeiro, P. C., & Belo, F. R. R. (2012). Psicanálise e literatura: Seis contos da era de Freud. São Paulo: KRB.
Moraes, D. (2012). A relação entre leitor e texto literário: Uma abordagem psicanalítica. Rio de Janeiro: Zagodoni.
Oliveira, P. (2009). O conto policial e as origens da Psicanálise. Psicologia Clínica, 21(1),119-136. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-56652009000100009&script=sci_abstract&tlng=pt
Pereira, M. E. C. (1999). Pânico e desamparo. São Paulo: Escuta.
Poe, E. A. (1981a). Histórias extraordinárias. In Berenice. São Paulo: Abril.
Poe, E. A. (1981b). Histórias extraordinárias. São Paulo: Abril.
Poe, E. A. (1981c). Histórias extraordinárias. In A queda da casa de Usher. São Paulo: Abril.
Proença Filho, D. (2007). A linguagem literária (8ª ed). São Paulo: Ática.
Rank, O. (2014). O duplo: Um estudo psicanalítico (2. ed). São Paulo: Dublinense.
Safra, G. (2013). Investigação em psicanálise fora do consultório. In C. A. Serralha, & F. Scorsolini-Comin (Orgs), Psicanálise e Universidade: Um encontro na pesquisa (pp 19-26). Curitiba: CRV.
Skare, N. G. (2011). O conto de terror psicológico: A lógica do suplemento em Poe, Gilman e Akutagawa. Revista Cesumar Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, 16(2), 311-330.
Todorov, T. (2006). As estruturas narrativas (4ª ed). São Paulo: Perspectiva.
Todorov, T. (2014). Introdução à literatura fantástica (4ª ed). São Paulo: Perspectiva.
Villari, R. R. (2000). Relações possíveis e impossíveis entre a psicanálise e a literatura. Psicologia: Ciência e Profissão, 20(2), 2-7. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932000000200002
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.