Educação para a disciplina da fé: a construção do catolicismo romano no Ceará (1867 - 1920 )

Autores

  • Eduardo Lúcio Guilherme Amaral Universidade de Fortaleza , Unifor

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180714.2006.565

Resumo

Trata-se aqui do processo de romanização do Ceará, sob o viés da política educacional católica. Romanizar, à época, não significa somente afirmar a ortodoxia da fé, mas disciplinar o culto, as devoções populares e a organização do laicato. Nesse sentido, a criação do Seminário Diocesano de Fortaleza (da Prainha) vai-se constituir no núcleo gerador de todo o processo de disciplinarização. A partir daí, são formados os padres alinhados a hierarquia romana, quebrando-se, assim, os laços ideológicos com o regime de padroado. Num segundo momento, a substituição das antigas irmandades católicas pelas sociedades assistencialistas (como a Sociedade São Vicente) desorganiza a atuação autônoma dos leigos, subordinando-os à hierarquia diocesana. Além das escolas católicas e de toda uma gama de instrumentos, a pressão cotidiana dos bispos sobre as antigas práticas devocionais transformam o catolicismo no Ceará, embora com serias resistências por parte do catolicismo devocional, de aspectos messiânicos. Palavras-chave: Romanização. Educação Católica. Irmandades. Seminário Diocesano de Fortaleza. Regime de Padroado. Messianismo.

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Biografia do Autor

Eduardo Lúcio Guilherme Amaral, Universidade de Fortaleza , Unifor

Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor do curso de Ciências Sociais da Universidade de Fortaleza.

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Publicado

2010-01-26

Como Citar

Guilherme Amaral, E. L. (2010). Educação para a disciplina da fé: a construção do catolicismo romano no Ceará (1867 - 1920 ). Revista De Humanidades, 21(1). https://doi.org/10.5020/23180714.2006.565

Edição

Seção

Artigos