Educação para a disciplina da fé: a construção do catolicismo romano

Autores

  • Eduardo Lúcio Guilherme Amaral

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180714.2006.21.1.%25p

Resumo

Trata-se aqui do processo de romanização do Ceará, sob o viés da política educacional católica. Romanizar, à época, não significa somente afirmar a ortodoxia da fé, mas disciplinar o culto, as devoções populares e a organização do laicato. Nesse sentido, a criação do Seminário Diocesano de Fortaleza (da Prainha) vai-se constituir no núcleo gerador de todo o processo de disciplinarização. A partir daí, são formados os padres alinhados a hierarquia romana, quebrando-se, assim, os laços ideológicos com o regime de padroado. Num segundo momento, a substituição das antigas irmandades católicas pelas sociedades assistencialistas (como a Sociedade São Vicente) desorganiza a atuação autônoma dos leigos, subordinando-os à hierarquia diocesana. Além das escolas católicas e de toda uma gama de instrumentos, a pressão cotidiana dos bispos sobre as antigas práticas devocionais transformam o catolicismo no Ceará, embora com serias resistências por parte do catolicismo devocional, de aspectos messiânicos. Palavras-chave: Romanização. Educação Católica. Irmandades. Seminário Diocesano de Fortaleza. Regime de Padroado. Messianismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Lúcio Guilherme Amaral

Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor do curso de Ciências Sociais da Universidade de Fortaleza.

Publicado

2010-01-26

Como Citar

Guilherme Amaral, E. L. (2010). Educação para a disciplina da fé: a construção do catolicismo romano. Revista De Humanidades (Descontinuada), 21(1). https://doi.org/10.5020/23180714.2006.21.1.%p

Edição

Seção

Artigos