A umbanda e os lugares de memória
DOI:
https://doi.org/10.5020/23180714.2014.29.1.154-166Palavras-chave:
Comunidade Tradicional. Sociedade. Lugares de Memória.Resumo
Este artigo apresenta o terreiro de Umbanda como um espaço preservador de uma memória, bem como um espaço de patrimônio de memória, onde o material dá suporte ao imaterial. Utiliza-se a categoria “lugar de memória” de Pierre Nora para caracterizar o espaço do terreiro de Umbanda como patrimônio imaterial, onde a memória se instalada serve como alicerce das memórias coletivas e por último eles são simbólicos, pois são reveladores de identidades sociais. Assim, segue Nora (1993), na busca pela afirmação de que não há memória, no que se refere à memória espontânea, construída verdadeiramente pela sociedade, insiste na tese de que esta é construída para que nos dê o sentido necessário de identidade, fazendo necessário, a realização de uma memória – histórica a fim de ressuscitar a lembrança tradicional, como meio de acesso a esta. Na esperança de que essa possa reunificar o individuo fragmentado com o qual lidamos na sociedade contemporânea. Neste caso, as memórias dos grupos se referenciam, também, nos espaços em que habitam e nas relações que acabam construindo com estes espaços. Os lugares são importantes referências na memória dos indivíduos, donde se segue que as mudanças empreendidas nesses espaços, acarretam também mudanças na vida e na memória dessas pessoas. Neste sentido, o espaço, o terreiro, por ser um espaço religioso antigo, e já está na segunda geração de mando, teve ao longo da sua existência a função de manter alicerçados a memória de seus filhos, netos e bisnetos de santo.Downloads
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Publicado
2014-01-30
Como Citar
Meira, C. S., Dias Amorim, C., & Gusmão do Carmo, R. (2014). A umbanda e os lugares de memória. Revista De Humanidades, 29(1), 154–166. https://doi.org/10.5020/23180714.2014.29.1.154-166
Edição
Seção
Artigos