Loucura e literatura: a dimensão social da loucura e sua representação na narrativa de Lima Barreto

Autores

  • Maria Inês Detsi de Andrade Santos

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180714.2012.27.2.372-382

Palavras-chave:

Loucura. Exclusão social. Literatura

Resumo

Este trabalho tem por objetivo discutir a dimensão social da loucura, retratada nas obras Diário do Hospício e Cemitério dos Vivos, do escritor brasileiro Lima Barreto. A leitura das obras citadas nos motivou a realizar uma análise sociológica sobre a loucura, através de uma pesquisa bibliográfica, dando destaque para as idéias de M. Foucault (1985, 1987, 2005), além de outros autores. Compreendemos que a loucura é também uma categoria sócio- histórica, cuja construção envolve aspectos culturais, políticos e econômicos, além dos subjetivos, o que significa dizer que aqueles sujeitos, ou grupos sociais que estão em uma situação de dominação – como os negros e as mulheres – são preferencialmente aqueles a quem costuma ser atribuída a condição de loucos. Nosso estudo abordou, também, a relação entre literatura e loucura, confirmando a posição de autores como Morin ( 2004), que defende a idéia de que a literatura, para além de sua finalidade estética, cumpre com uma função sociológica, denunciando situações de exclusão e de dominação de grupos socialmente proscritos; produzindo um conhecimento que, por não estar sujeito aos cânones metodológicos da ciência moderna, permite representar o humano em toda a sua contradição e complexidade.

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Publicado

2012-07-30

Como Citar

Santos, M. I. D. de A. (2012). Loucura e literatura: a dimensão social da loucura e sua representação na narrativa de Lima Barreto. Revista De Humanidades (Descontinuada), 27(2), 372–382. https://doi.org/10.5020/23180714.2012.27.2.372-382

Edição

Seção

Artigos