A Direção do Tratamento na Clínica dos Fenômenos Psicossomáticos
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.14.2.250-256Palavras-chave:
desejo do analista, tratamento, fenômeno psicossomático, gozo, sujeito.Resumo
O objetivo deste relatório de pesquisa é discutir o manejo da transferência em pacientes acometidos pelos fenômenos psicossomáticos, demonstrando que a operação analítica nessa clínica só é possível a partir da função desejo do analista. A escuta de uma paciente acometida por urticária, doença classificada como psicossomática pelo saber da medicina, coloca em evidência a psicanálise como um discurso que pode operar alguma mudança no sujeito em relação ao seu sofrimento. Ressalta-se que o manejo da transferência é particularmente difícil nestes casos, pois o paciente busca uma resposta para seu mal e sua fala é circunscrita ao real do corpo, sempre em referência a este, apontando para um gozo específico fixado em um pedaço de carne, que, como ensina Lacan, é próprio ao fenômeno psicossomático. A análise deste caso mostrou que a possibilidade de circulação da palavra a partir da regra fundamental da psicanálise, a associação livre, a qual esteve fortemente comprometida durante o início do tratamento por conta de inúmeras falas quase que exclusivamente referentes à enfermidade do corpo, permitiu à paciente construir um sintoma analítico e um saber sobre a sua doença ao trazer questões familiares que favoreceram inúmeras associações, fazendo avançar a análise em direção a uma nominação, onde o Nome-do-Pai pode operar para ela.Downloads
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