O Kairós da Pandemia e a Utopia de Outros Mundos Possíveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i1.e13533

Palavras-chave:

pandemia, direitos humanos, problemas sociais, igualdade social

Resumo

Esse artigo tem como objetivo apresentar uma resenha crítico-reflexiva sobre o livro “O futuro começa agora: da pandemia à utopia”, do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. O livro é organizado em duas partes. A primeira parte, intitulada “O século XXI se apresenta”, apresenta informações, análises e interpretações do autor sobre o contexto da pandemia, envolvendo desde o debate sobre as desigualdades sociais tornadas mais evidentes e agudas pela pandemia até os movimentos de resistência e auto-organização comunitárias. Com o título “O futuro começa agora”, a segunda parte conduz o leitor à imaginação e construção teórica e utópica de novos mundos pós-pandemia, buscando a saída pelo cenário mais promissor: a proposição de alternativas ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado através de uma transição paradigmática e de uma nova declaração cosmopolita insurgente de direitos e deveres humanos. Diante de cenários tão catastróficos do pós-pandemia, Boaventura se situa na linha dos pensadores mais otimistas, apostando no regresso da utopia ao debate político e social.

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Biografia do Autor

Moises Romanini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2009). Mestre em Psicologia, com ênfase em Psicologia da Saúde, pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSM (2010-2011). Doutor em Psicologia Social e Institucional, pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012-2016). Foi professor dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação (Mestrado Profissional) em Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul e Coordenador do Curso de Psicologia do campus de Montenegro/RS. Possui interesse nos seguintes temas: Saúde Mental; Abordagens Psicossociais; Drogas e Mídia; Drogas, sociedade e cultura; Redução de Danos; Psicologia Escolar Crítica; Saúde Mental na Universidade; Saúde Mental numa perspectiva interseccional. Através da articulação desses temas, através da pesquisa-intervenção, ensino e da extensão, busca desenvolver ferramentas e tecnologias de cuidado sustentadas nas políticas públicas, especificamente nas políticas de saúde mental e sobre drogas, tendo como pressuposto teórico e político a Reforma Psiquiátrica e a Redução de Danos e suas intervenções em diferentes contextos sociais. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Social e Institucional da UFRGS, Co-coordenador do Grupo de Pesquisa-Intervenção em Políticas Públicas, Saúde Mental e Cuidado em Rede (InterVires) da UFRGS e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.

Referências

Galeano, Eduardo (2013). As veias abertas da América Latina. L&PM.

Krenak, Ailton (2020). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.

Mbembe, Achille (2018). Necropolítica. n-1 edições.

Santos, Boaventura de Sousa (2021). O futuro começa agora: da pandemia à utopia. Boitempo.

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Publicado

11.04.2023

Como Citar

Romanini, M. (2023). O Kairós da Pandemia e a Utopia de Outros Mundos Possíveis. Revista Subjetividades, 23(1), 1–7. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i1.e13533

Edição

Seção

Resenhas de Livros