Clarice Lispector et Rodrigo S. M.:
un récit qui brode le sujet de l'impuissance
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e13566Mots-clés :
A Hora da Estrela, Rodrigo S. M., l'étrange familier, angoisse, impuissanceRésumé
Résumé: Cette étude s'appuie sur la théorie psychanalytique, et les concepts de l'étrange familier, d'angoisse et d'impuissance sont des points de convergence entre la psychanalyse et la production littéraire de Clarice Lispector, plus précisément A Hora da Estrela, 1977. Partant des échecs d'une société qui ne remplit la promesse de protéger les citoyens du mal-être qu'elle génère, littérature et psychanalyse s'additionnent. Pour cela, l'œuvre aborde le processus d'écriture littéraire à la suite de l'agitation, de l'angoisse et de l'impuissance du sujet ; un processus créatif entrevu chez Clarice Lispector. Pour tenter de mieux comprendre les concepts déjà décrits, une étude théorique a été réalisée, ainsi que le travail de l'auteur. Théoriquement, la recherche est basée sur Freud, Kehl, Dunker, Birman, entre autres. Comme résultat final, il est possible de dire que, dans A Hora da Estrela, le personnage de Rodrigo S. M. illustre bien le type d'impuissance psychologique proposé à l'étude. A travers Rodrigo S. M., la production artistique soutient l'impuissance psychique, quand les autres supports créés par l'homme échouent, laissant le sujet à la condition de les construire.
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