Sur(vivre) entre départs et arrivées: Investissement dans une nouvelle gestation après une perte de grossesse
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e12756Mots-clés :
mort-né, perte de grossesse, enfant suivant, relation mère-bébéRésumé
Cette présente étude qualitative et exploratoire visait à enquêter sur l'expérience des femmes qui ont vécu une nouvelle expérience de maternité après une perte de grossesse (PG) survenue à partir de 20 semaines de grossesse. Deux femmes (âgées de 24 et 27 ans) ont participé à cette étude. Elles ont rempli un formulaire sur les données sociodémographiques, deux questionnaires sur les données cliniques (concernant le bébé décédé et le fils suivant) et ont participé à un entretien semi-structuré sur leur nouvelle expérience de maternité après avoir vécu la PG. En analysant le contenu des entretiens, il a été possible de constater que l'expérience de PG s'est caractérisée comme un événement traumatique, établissant une réaction mélancolique chez les femmes face à cette perte. On a également constaté l'impact de la PG sur l'investissement émotionnel dans la nouvelle grossesse et sur la relation avec le fils suivant. Il est nécessaire de mettre en lumière ce phénomène, en réduisant son invisibilité, ainsi que de développer des interventions pour soutenir ces femmes enceintes, en leur offrant une prise en charge appropriée et une écoute bienveillante face à leur douleur.
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