Mal-estar, Subjetividade e Psicose: Reflexões a partir do Sistema Familiar
Résumé
O presente trabalho tem por objetivo fazer reflexões sobre o malestar inerente à subjetividade psicótica, em especial na sua manifestação familiar, do nuclear ao transgeracional. Serão discutidos os seguintes pressupostos: (a) a subjetividade psicótica é circunscrita ao sentido que a interação familiar lhe atribui; (b) a semiologia do discurso psicótico pode ser mais bem compreendida dentro do padrão comunicacional familiar; (c) as contradições psicóticas (particularmente sua sintomatologia) dizem respeito às contradições familiares, em seus mais difusos aspectos (individual, conjugal, parental, filial, fraterno); assim existem nestas famílias “obstáculos interpostos pelos membros da família ao crescimento de um deles”, sendo a subjetividade do psicótico espelho deste espectro; (d) a simbiose mãe-filho psicótico é engendradora da rede familiar, de que são complementares (e às vezes apenas coadjuvantes) pai, outros filhos e família de origem; (e) a rigidificação do processo interacional familiar é normatizadora do padrão de funcionamento psicótico, seja qual for a sua manifestação; (f) a homeostase familiar se fixa então no doente, traduzindo-se “numa torpe precipitação e no movimento tendente ao fracasso, à tensão e ao drama” (Benoit, 1994, p. 72), sinais definidores do mal-estar recorrente. Palavras-chave: família, homeostase, psicose, simbiose, subjetividadeTéléchargements
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