Coletivo Psicanálise na Praça Roosevelt: Um Contexto de Psicanálise Extramuros
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i2.e12117Palabras clave:
psicanálise, transferência, psicanálise e política, psicanálise extramurosResumen
O Coletivo de Psicanálise na Praça Roosevelt foi fundado em 2017, com o intuito de oferecer atendimento psicanalítico gratuito semanal na Praça Roosevelt, na cidade de São Paulo. Além das sessões aos sábados, realizadas em praça pública, possui um processo de intervisões semanais, nas quais são discutidos aspectos tanto do próprio Coletivo quanto dos casos clínicos adotados pelo mesmo. A pesquisa tem como principal objetivo investigar o trabalho realizado na Praça em seus aspectos técnicos, transferenciais e políticos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com membros ativos e os resultados permearam sobre tópicos a respeito do espaço de atendimento, rotatividade, tempo, contrato, desmonetização, desejo do analista e apresentação de casos mais graves. A discussão foi organizada a partir do método de análise de conteúdo de Turato, estando organizada em três tópicos: (I) aspectos técnicos e transferenciais no setting na Praça Roosevelt; (II) a Psicanálise e o psicanalista no coletivo; (III) a Psicanálise na praça e seus aspectos políticos. Conclui-se que o modelo de clínica aberta em espaço público é potente e sua reprodução deve se embasar na política do não-saber e na transferência, representando a psicanálise em suas potencialidades clínicas, além de potencializar seu caráter político subversivo.
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