Políticas do Corpo: Arte e Psicanálise Despindo as Imagens
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6148Keywords:
corpo, arte, psicanálise, imagem e contemporaneidadeAbstract
Este artigo é fruto do projeto de pesquisa: “Políticas do corpo: psicanálise e arte”. Debruça-se sobre as obras de dois artistas espanhóis, Ana Casas e Mira Bernabéu, que na virada do século XXI, colocam em questão o corpo em sua relação com o laço social. A leitura dessas obras é sustentada pela teoria psicanalítica, na perspectiva de Sigmund Freud e Jacques Lacan, através de uma estética negativa, debruçada sobre o estranho das imagens. Desse encontro entre arte e psicanálise, produz-se uma análise processual sobre o corpo na contemporaneidade, na qual se apresenta as obras, sublinhando suas singularidades e semelhanças temáticas. Aproxima esses saberes por suas políticas do corpo, em uma perspectiva crítica aos ideais dominantes de beleza, juventude, saúde perfeita e completude. Analisa que o encontro com o outro, com a cultura, com as imagens e a materialidade do corpo torna possível construir ideais singulares, auxiliando o sujeito a lidar com a incompletude inerente ao humano. O artigo é apresentado na seguinte estrutura: “Psicanálise e arte: políticas do corpo”, em que se introduz o artigo e o encontro conceitual; “Obra e corpo”, com os subitens: “Mira” e “Casas”, apresentando as obras em questão; “O familiar e o estranho”, com os subitens: “Despir o corpo” e “Desmembrar o corpo”, que envolvem a articulação conceitual entre as obras e conceitos psicanalíticos e; por fim, à guisa de conclusão, apresenta-se: “Ideal do corpo”, em que se busca articular os ideais de corpo na contemporaneidade, com as perspectivas críticas introduzidas pelas obras e pela psicanálise.
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