Mulheres Heterossexuais em Relacionamento Estável: Limites do Aconselhamento em DST/HIV/AIDS

Autores

  • Tamara Queiroz Costa Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ana Maria Szapiro Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.15.3.350-361

Palavras-chave:

hiv, aids, conjugalidade, fidelidade, risco

Resumo

Diante do quadro mais geral de feminização da epidemia de Aids no Brasil, com o aumento de casos em mulheres heterossexuais em relacionamento estável este artigo analisa questões ligadas à não adoção de comportamento preventivo, neste grupo. Considera-se que a não adoção aponta uma dificuldade de negociar o preservativo, dificuldade que embora possa estar relacionada a valores como fidelidade e confiança, os extrapola. De modo a examinar as dificuldades quanto aos modos de prevenção nesta população em particular, foram realizadas entrevistas com cinco mulheres que se dirigiram a um Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/HIV/AIDS para o reteste do anti-HIV, grupo onde, pela demanda de reteste, identificava-se dificuldades quanto à adoção do preservativo. Analisando o discurso das entrevistadas evidenciou-se um conflito entre a recomendação de uso do preservativo como prevenção à doença e valores de ordem subjetiva e cultural, como pacto de fidelidade presente em todas as formas de conjugalidade. Tais valores se situam, segundo os relatos, além das recomendações que as entrevistadas haviam recebido sobre a prevenção à doença.

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Publicado

18.07.2016

Como Citar

Costa Silva, T. Q., & Szapiro, A. M. (2016). Mulheres Heterossexuais em Relacionamento Estável: Limites do Aconselhamento em DST/HIV/AIDS. Revista Subjetividades, 15(3), 350–361. https://doi.org/10.5020/23590777.15.3.350-361

Edição

Seção

Dossiê: Biopolítica