Fundamentos Metodológicos da Pesquisa Teórica em Psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i1.4861Keywords:
inconsciente, desejo, método, pesquisa, psicanáliseAbstract
Há um extenso debate em torno da pesquisa em psicanálise no âmbito dos programas de graduação e pós-graduação das universidades. Ensejado por essa discussão, esse artigo se propõe a refletir sobre os fundamentos metodológicos da pesquisa teórica, relacionando-a com a premissa básica da psicanálise sobre a indissociabilidade entre pesquisa e prática clínica. Foram trabalhados conceitos fundamentais como inconsciente, repetição e desejo, erguidos por Freud e lidos por Lacan, a fim de sustentar o método psicanalítico na pesquisa. As recomendações técnicas freudianas foram apresentadas como um caminho para a pesquisa teórica em psicanálise. O desejo é um aspecto crucial na constituição da práxis psicanalítica, no entanto, é desconcertante questionar o desejo do pesquisador na escolha de seu objeto de estudo. Para a ciência, ele deveria supostamente ser neutro ao desenrolar dos fatos. No campo da pesquisa psicanalítica, o pesquisador não tem como ser apagado de sua pesquisa, já que ele fala de determinado lugar e aparece implicado indissociavelmente ao material que pretende analisar. É esta interrogação sobre o desejo que faz da psicanálise um campo no qual o sujeito-pesquisador não tem como não ser contado. Se o sujeito é considerado pela ciência como incômodo fator de erro, a psicanálise vem reintroduzir a noção de sujeito em sua dimensão própria. Concluímos que a pesquisa não se encontra restrita à clínica, mas só pode se dar tendo a dimensão clínica em seu horizonte. Mesmo que em uma dada pesquisa não haja a referência explícita ao material clínico, ou ainda que o pesquisador em psicanálise não atue clinicamente, este mesmo pesquisador possui sua própria experiência clínica e é parte de sua pesquisa. Toda pesquisa em psicanálise deve estar apoiada no conceito de inconsciente.Downloads
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