Trauma e estrutura familiar
Abstract
Nos anos cinqüenta, o complexo de Édipo, tal qual foi elaborado por Sigmund Freud, será repensado por Jacques Lacan. Nesta ocasião, Lacan chamou atenção para o fato de que o entendimento de tudo o que diz respeito à teoria da clínica psicanalítica estava associado à necessidade de colocar a noção de castração como sendo central aquilo que se passa na experiência da constituição do sujeito. Tal leitura lacaniana fez com que o Complexo de Édipo passasse a ser tomado numa dimensão estrutural, onde os elementos envolvidos (a mãe, a criança, o pai e o falo) passaram a ser analisados de acordo com a forma como eles interagem entre si. A estrutura assim formada tinha por base a relação que cada um dos elementos mantinha com as três formas possíveis da falta de objeto. Nesta perspectiva, o pai e a mãe passam a valer como funções que podem ou não ser desempenhadas pelos próprios genitores. As múltiplas funções atribuídas ao pai fizeram com que Jacques Lacan o tomasse em três diferentes registros, quais sejam: o pai simbólico, o pai imaginário e o pai real. Na contemporaneidade, o declínio da imagem paterna traz à tona sintomas com os quais a psicanálise é continuamente confrontada. Nesta perspectiva, o presente trabalho analisa as transformações ocorridas na estrutura familiar e o declínio do pai em sua dimensão simbólica. Para isso será utilizado um recorte clínico de um atendimento de uma criança, realizado sob nossa supervisão. Este artigo faz parte do desenvolvimento da pesquisa “Saúde Mental e Família: uma abordagem psicanalítica” integrante do Grupo de Trabalho (GT) intitulado: Dispositivos Clínicos em Saúde Mental da ANPEPP. Palavras-chaves: trauma; estrutura familiar; complexo de Édipo; função paterna; castração.Downloads
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