Revisão Sistemática dos Instrumentos de Avaliação Cognitiva de Autores de Agressão Sexual Contra Criança e Adolescente (AASCA)
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18i3.6525Palavras-chave:
avaliação cognitiva, revisão sistemática da literatura, criança, adolescência.Resumo
O objetivo desta revisão foi identificar e descrever as medidas psicométricas de instrumentos de avaliação cognitiva de autores de agressão sexual contra criança e adolescente, cientificamente validados, encontrados em estudos que investigaram inteligência, empatia e distorção cognitiva, na literatura nacional e internacional, disponíveis na fonte de dados no Portal de Periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Utilizou como critérios de elegibilidade, termos em português e inglês, agressor sexual, abusador sexual, perpetrador sexual, estuprador sexual, molestador sexual. Em um total 1122 artigos, foram selecionados 58 para revisão e, neles, 13 instrumentos de avaliação cognitiva: verificação do coeficiente de inteligência (1), avaliação de empatia (2), e distorção cognitiva (10). Entre as propriedades psicométricas relatadas, seis dos instrumentos encontrados exibiram alto o índice de confiabilidade. Quando comparados os instrumentos de inteligência, empatia e distorção cognitiva, percebe-se que os resultados apontam para medidas de alta de confiabilidade e completeza entre esses últimos. A literatura internacional sobre o tema vem ganhando visibilidade no meio científico, contudo ainda são escassos os métodos e instrumentos de pesquisa voltados à avaliação cognitiva dessa população no Brasil.
Downloads
Referências
Bem, A. B., Lanzer, E. A., Tambosi Filho, E., Sanchez, O. P., & Bernardi Junior, P. (2011). Validade e confiabilidade de instrumento de avaliação da docência sob a ótica dos modelos de equação estrutural. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 16(2), 375-401. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772011000200008
Brown, S. J., Walker, K., Gannon, T. A., & Keown, K. (2013). Creating a psychologically comfortable position: The link between empathy and cognitions in sex offenders. Journal of Sexual Aggression, 19(3), 275-294. https://doi.org/10.1080/13552600.2012.747223
Burn, M. F., & Brown, S. (2006). A review of the cognitive distortions in child sex offenders: An examination of the motivations and mechanisms that underlie the justification for abuse. Aggression and Violent Behavior, 11(3), 225-236. https://doi.org/10.1016/j.avb.2005.08.002
Camargo, M. E. M., Fortes, M., & Calabrez, I. E. (2011). Perfil psicológico do ofensor sexual. Revista Criminológica e Ciências Penitenciárias, 1(02), 63-88. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/rpc/v36n3/v36n3a04.pdf
Campo-Ariasa, A., & Herazoa, E. (2018). Novedades, críticas y propuestas al DSM-5: El caso de las disfunciones sexuales, la disforia de géneroy los trastornos parafílicos. Revistas Colombiana de Psiquiatria, 47(1), 56-64. https://doi.org/10.1016/j.rcp.2016.08.008
Carvalho, J., & Nobre, P. (2013). Dynamic factors ofsexual aggression: The role of affect and Impulsiveness. Criminal Justice and Behavior, 40(4), 376-387. https://doi.org/10.1177/0093854812451682
Colson, M. H., Boyer, L., Baumstarck, K., & Loundou,A. D. (2013). Female sex offenders: A challenge to certain paradigms, meta-analysis. Sexologies, 22(4),109-117. https://doi.org/10.1016/j.sexol.2013.05.002
Deluca, J. S., Vaccaro, J., Rudnik, A., Graham, N., Giannicchi, A., & Yanos, P. T. (2018). Sociodemographic Predictors of SexOffenderStigma: How Politics Impact Attitudes, Social Distance, and Perceptions ofSexOffenderRecidivism. International Journal ofOffenderTherapy and Comparative Criminology, 62(10), 2879-2896. https://doi.org/10.1177/0306624X17723639
Eisenberg, Z. (2015). O desenvolvimento de conceitos na cognição e na linguagem. Fractal: Revista de Psicologia, 27(1), 74-77. https://doi.org/10.1590/1984-0292/1361
Fisher, D., Beech, A., & Browne, K. (1999). Comparison of sex offendersto nonoffenders on selected psychological measures. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, 43(4), 473-491. https://doi.org/10.1177/0306624X99434006
Gooren, L. J. (2011). Androgens and male aging: Current evidence of safety and efficacy. Asian Journal of Andrology, 12(2), 136-151. https://doi.org/10.1038/aja.2010.4
Gosling, F. J., & Abdo, C. H. N. (2011). Abuso sexual na infância e desenvolvimento da pedofilia: Revisão narrativa da literatura. Diagnóstico e Tratamento, 16(3), 128-31.
Huss, M. T. (2011). Psicologia Forense: Pesquisa, Prática Clínica e Aplicações. Porto Alegre: Artmed.
Jeglic, E. L., Mercado, C.C., & Levenson, J. S. (2012). The prevalence and correlates of depression and hopelessness among sex offenders subject to community notification and residence restriction legislation. American Jorunal of Crimibal Justice, 37(1), 46-59. https://doi.org/10.1007/s12103-010-9096-9
Kline, P. (1986). A handbook of test construction: Introduction to psychometric design. New York: Methuen.
Langevin, R., & Curnoe, S. (2012). Lifetime criminal history of sex offenders seen for psychological assessment in Five decades. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, 56(7), 997-1021. https://doi.org/10.1177/0306624X11420084
Loeber, R., & Ahonen, L. (2014). What are the policy implications of our knowledge on serious, violent, and chronic offenders? American Society of Criminology, 13(1), 1-9. https://doi.org/10.1111/1745-9133.12072
Marshall, W., Hudson, S. M., Jones, R., & Fernandez, Y. M. (1995). Empathy in sex offenders. Clinical Psychology Review, 15(2), 99-113. https://doi.org/10.1016/0272-7358(95)00002-7
Miranda, R. M., & Espírito-Santo, E. (2010). Abordagem neuropsicológica do abuso sexual: Conhecendo o que está por trás do predomínio de gênero do abusador. Revista Saúde e Desenvolvimento, 1(1), 86-106.
Moura, A. S., & Koller, S. H. (2010). Expressões de empatia em homens acusados de abuso sexual infantil. Psico, 41(2), 184-191. Retrieved from http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/5347
Myers, W. C., Chan, H. C., Vo, E. J., & Lazarou, E. (2010). Sexual sadism, psychopathy, and recidivism in juvenile sexual murderers. Journal of Investigative Psychology and Offender Profiling, 7(1), 49-58. https://doi.org/10.1002/jip.113
Nunes, K. L., & Jung, S. (2012). Are cognitive distortions associated with denial and minimization among sex offenders? Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment, 25(2), 166-188. https://doi.org/10.1177/1079063212453941
Paixão, C. M. Jr., & Reichenheim, M. E. (2006). Uma revisão sobre instrumentos de rastreamento de violência doméstica contra o idoso. Caderno de Saúde Pública, 22(6), 1137-1149. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000600003
Pasquali, L. (2009). Psicometria. Revista da Escola de Enfermagem, 43(nº. esp.), 992-999. https://doi.org/10.1590/S0080-62342009000500002
Piquero, A. R., Jennings, W. G., Diamond, B., & Reingle, J. M. (2015). A systematic review of age, sex, ethnicity, and race as predictors of violent recidivism. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, 59(1), 5-26. doi: https://doi.org/10.1177/0306624X13514733
Porter, S., Newman, E., Tansey, L., & Quayle, E. (2015). Sexoffending and social anxiety: Asystematicreview. Aggression and Violent Behavior, 24, 42-60. https://doi.org/10.1016/j.avb.2015.04.005
Rivera, A. A., Ramírez, M. C., Montoya, D. O., & Queiroz, G. (2013). Caracterización sociodemográfica, del desarrollo psicosexual y del delito en hombres condenados por delitos sexuales recluidos en el centro penitenciario de Manizales. Revista Colombiana de Psiquiatría, 42(1), 51-62. https://doi.org/10.1016/S0034-7450(14)60086-X
Robertiello, G., & Terry, K., J. (2007). Can we profile sex offenders? A review of sex offender typologies. Aggression and Violent Behavior, 12(5), 508-518. https://doi.org/10.1016/j.avb.2007.02.010
Rossegger, A., Gerth, J., Seewald, K., Urbaniok, F., Singh, J. P., & Endrass, J. (2013). Current obstacles in replicating risk assessment findings: A systematic review of commonly used actuarial instruments. Behavioral Sciences & the Law, 31(1), 154 -164. https://doi.org/10.1002/bsl.2044
Santos, J. D. P., Silveira, D. V., Oliveira, D. F., & Caiaffa, W. T. (2011). Instrumentos para avaliação do tabagismo: Uma revisão sistemática. Ciência e Saúde Coletiva, 6(12), 4707-4720. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001300020
Suehiro, A. C., Benfica, T. S., & Cardim, N. A. (2015). Avaliação cognitiva infantil nos periódicos científicos brasileiros. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(1), 25-32. https://doi.org/10.1590/0102-37722015011755025032
Tully, R., Kevin, J., & Browne, K. D. (2015). Appraising the risk matrix 2000 static sex offender risk assessment tool. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, 59(2) 211-224. https://doi.org/10.1177/0306624X13508928
Valença, A. M., Nascimento, I., & Nardi, A. E. (2013). Relationship between sexual offences and mental and developmental disorders: A review. Revista de Psiquiatria Clínica, 40(3), 97-104. https://doi.org/10.1590/S0101-60832013000300004
Ward, T., & Durrant, R. (2013). Altruism, empathy, and sex offender treatment. International Journal of Behavioral Consultation and Therapy, 8(3-4), 66-71. https://doi.org/10.1037/h0100986
Ward, T., Hudson, S. M., Johnston, L., & Marshall, W. (1997). Cognitive distortions in sex offenders: An integrative review. Clinical Psychology Review, 17(5). 479-507. https://doi.org/10.1016/S0272-7358(97)81034-3
Woodworth, M., Freimuth, T., Hutton, E. L., Carpenter, T., Agar, A. D., & Logan, M. (2013). High-risk sexual offenders: An examination of sexual fantasy, sexual paraphilia, psychopathy, and offence characteristics. International Journal of Law and Psychiatry, 36(2), 144-156. DOI: 10.1016/j.ijlp.2013.01.007
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.