A Clínica Psicanalítica na Rua diante da Violência e Segregação
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6206Palavras-chave:
psicanálise, cidade, violência, segregação, efeitos clínicosResumo
Esse artigo parte de três experiências distintas de trabalho na cidade, em que verificamos imporem-se questões relativas tanto à violência quanto à segregação. A clínica desenvolvida com população em situação de rua nos apresenta tanto o desarranjo desses sujeitos com suas próprias formas de gozo, que frequentemente resvalam na problemática da violência, quanto a incoerência das respostas políticas do Estado, que, em nome da “garantia de direitos”, muitas vezes se aproxima de processos de segregação. Buscamos elucidar os efeitos produzidos pela presença da orientação da psicanálise. O que acontece quando um psicanalista toma sua posição ética infiltrando-se clandestinamente, como uma peste, nas brechas dos tecidos discursivos urbanos? Pretendemos lançar luz sobre a forma através da qual temos podido responder ao desafio da ética que orienta a psicanálise para dar testemunho sobre o sintoma de nosso tempo e como fazer uso dele no caso a caso e na vida de uma cidade.
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