Sujeitos rasurados: uma análise da construção da identidade afrodescendente a partir dos espaços educativos no território do Rio Grande do Sul
Palavras-chave:
Educação. Al ter idade. Ident idade. Afrodescendentes. Exclusão.Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar o processo de construção das narrativas identitárias étnicas, sobretudo dos afrodescendentes, no ambiente escolar da região Sul do Brasil, enfatizando, a partir de um estudo de caso, o Vale do Rio Pardo, nomeadamente na região do município de Santa Cruz do Sul, município caracterizado pelo discurso imigrantista teuto. A partir do levantamento de dados obtidos junto ao INEP, IBGE e NUPES, realiza-se uma análise da distribuição étnica da população escolar do Estado e focaliza as regiões de colonização alemã no intuito de caracterizar os processos de visibilidade/invisibilidade das populações afrodescendentes bem como os processos de exclusão legitimados pela imobilidade social oriunda da espacialidade das escolas de periferia, onde se encontram a maioria absoluta dos afrodescendentes. A pesquisa demonstra que os processos de exclusão, que não se resumem à etnicidade, estão relacionados à territorialidade urbana e à localização das escolas, legitimando a imobilidade social e os processos de estigmatização, no caso, de cunho étnico. As escolas não apenas constituem dispositivos identitários, como subjetivam os sujeitos sociais construindo identidades e estereotipias étnicas que rasuram os sujeitos afrodescendentes, impedindo relações interculturais mais amplas, trocas e processos de alteridades que possibilitam a afirmação dos laços de pertencimento comunitário no município em questão, promovendo a invisibilidade e a exclusão identitária.Downloads
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