O Conceito de Angústia e suas Relações com a Linguagem
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.14.2.329-342Palavras-chave:
psicanálise, angústia, linguagem, afeto, clínica.Resumo
O objetivo deste trabalho é sustentar a hipótese de que o conceito da angústia, assim como os demais conceitos da economia psíquica, podem ser abordados segundo o axioma lacaniano do inconsciente estruturado como uma linguagem. Com este intuito, percorremos as duas teorias freudianas da angústia, a primeira como afeto transformado a partir do recalque, e a segunda, pertencente à segunda tópica, da angústia como sinal que aponta para o recalque, ou seja, como causa deste. Em seguida, propomos um cotejo entre o conceito de angústia e as descrições de transtorno de ansiedade presentes no DSM-IV-TR e na CID 10, com o objetivo de apontar para um resquício da utilização da terminologia freudiana nos manuais, apesar de sua proposta universalizante e estritamente descritiva, sem o uso de referências teóricas diretas. Nossa proposta, ao fazer este diálogo, indica que há mais divergências do que aproximações entre os apontamentos freudianos e tal modelo de nosografia, já que esta separa fenômeno e sujeito, sem considerar as causalidades e a possibilidade de produção subjetiva. Ao contrário deste apagamento do sujeito proposto pelos manuais, temos as conceituações lacanianas sobre angústia, sobretudo a partir do Seminário 10, como afeto que não engana e como constitutivo da estruturação subjetiva. Dentro desta perspectiva, destacamos alguns aspectos da abordagem da angústia na clínica psicanalítica, a partir dos conceitos de objeto a e do discurso do analista como norte para a atuação do psicanalista.Downloads
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