Psicopatologia e Saúde Mental: Questões sobre os Critérios que Orientam a Percepção Clínica
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.14.1.9-16Palavras-chave:
Saúde mental, Psicopatologia, Clínica, Normalidade, Loucura.Resumo
Esse estudo supõe que a formação do campo da saúde mental implicou mutações nos critérios de apreensão dos problemas mentais em relação à psicopatologia. Pode-se dizer que se trata de um deslocamento fundamental, qual seja, a loucura como patologia mental deixa de ser a questão central das disciplinas psiquiátricas e psicológicas, uma vez que se instaura um domínio científico que aborda o sofrimento psíquico como uma problemática relacionada à satisfação e à realização pessoal dos indivíduos. Desse modo, se propõe aqui um estudo sobre os fundamentos epistemológicos dos saberes e das práticas em psicopatologia, conforme a perspectiva de Canguilhem, que consiste na tese de que a especificidade da racionalidade médica é o caráter normativo da apreensão dos fenômenos vitais. Dessa forma, questionam-se os parâmetros normativos que caracterizam a psicopatologia, mais especificamente, psiquiatria e psicanálise, orientando formas de intervenções terapêuticas dos padecimentos mentais. Ressalta-se, então, que a percepção do psicopatológico é regido pelos critérios de diferenciação entre o normal e o patológico que pressupõe a irredutibilidade patológica de certos fenômenos psíquicos. Daí procura-se indicar que os desdobramentos epistemológicos constitutivos do campo da saúde mental implicam modificações do estatuto médico dos padecimentos mentais, uma vez que perde sua especificidade em relação às doenças orgânicas; reformas das estratégias de intervenção, tecnologias e políticas sociais, as quais são dissociadas dos diagnósticos e, finalmente, mudanças dos critérios de definição do objeto clínico, qual seja, a referência à polaridade normal-patológico. Palavras-chave: Saúde mental, Psicopatologia, Clínica, Normalidade, Loucura.Downloads
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