A perversão, o desejo e a pulsão

Autores

  • Sonia Alberti

Resumo

Retomando a orientação freudiana e a ética da psicanálise, este artigo tem por visada justificar teoricamente a dissociação entre perversão e perversidade que nem sempre é clara nos discursos de psicologia. No senso comum, por exemplo, quanto à definição da perversão no dicionário, que faz pensar na maldade, na depravação, na corrupção e na malícia, é verdade, existem! A maneira como podemos tratar disso na clínica é outra questão, mas, por definição, não há regra! A perversão como conceito psicanalítico não tem necessariamente a ver com a perversidade, lugar em que tantas vezes acaba por ser alojada, mesmo em textos atuais que se querem de vanguarda. Para o desenvolvimento do texto, parto comemorando ainda o centenário de Três ensaios para a teoria sexual (1905), de Sigmund Freud, questiono a existência de um abismo entre a sexualidade infantil e a adulta, articulo ambas com o desejo do Outro e os desígnios do supereu que, com Lacan, irão determinar a pulsão em relação com o objeto de gozo do Outro e verifico, teoricamente, a articulação entre tais referências, a castração do Outro e o mal-estar na civilização. No desenvolvimento, este artigo é uma tentativa de articular perversão, desejo e pulsão, a partir do grafo do desejo de Lacan que retomo passo a passo. Palavras-chave: perversão, perversidade, desejo, pulsão, gozo.

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Biografia do Autor

Sonia Alberti

Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da UERJ. Pós-Doutora pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Psicanalista Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano.

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Publicado

25.10.2005

Como Citar

Alberti, S. (2005). A perversão, o desejo e a pulsão. Revista Subjetividades, 5(2), 341–360. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/1532

Edição

Seção

Artigos