Os Cursos de Psicologia de Minas Gerais e a presença da Psicanálise na disciplina Psicopatologia
Resumo
Este trabalho é resultado da análise dos planos de ensino e das ementas de disciplinas que privilegiam o estudo da Psicopatologia nos cursos de Psicologia do estado de Minas Gerais. O interesse recai sobre a existência de conteúdos psicanalíticos nessas disciplinas, bem como na forma como os mesmos são desenvolvidos, nos 42 cursos de Psicologia deste estado. A forte presença da Psicanálise na rede pública e, também, em vários cursos universitários de Minas não passa desapercebida. Entre elogios e críticas, esse acontecimento tem encontrado compreensão à luz da peculiar participação dos “mineiros” na Reforma Psiquiátrica, já que buscaram destacar o conceito de cidadania e a clínica do sujeito, enlaçando a psiquiatria, a psicanálise e a dimensão sociopolítica, em complexa elaboração das idéias de Pinel e Kraepelin, Freud e Lacan, Foucault e Basaglia. Não se pode ignorar, todavia, que o próprio Freud via a psicanálise como o começo de uma nova psicopatologia, fundamental e indispensável para a compreensão do normal, e não como uma ciência auxiliar da psicopatologia. É evidente, ainda, que Lacan começa seu ensino a partir das contribuições do estruturalismo, leva a hipótese estrutural até suas últimas conseqüências, mas, a partir dos anos 1970, em seu último ensino, faz mudanças significativas em sua proposta clínica. Parte de uma pesquisa mais ampla sobre “psicopatologia e psicanálise”, este estudo coloca em discussão o que tem acontecido nesse campo de conhecimento e traz a contribuição de importantes psicanalistas sobre o tema, favorecendo a reflexão sobre a formação acadêmica desse profissional do século XXI, século que escancara novas formas de mal-estar na cultura. Palavras-chave: Psicanálise; psicopatologia; cursos de Psicologia; Minas Gerais; Universidade.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.