Psicanálise no Juizado de Violência Doméstica: A História das Mulheres
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i3.e12739Palavras-chave:
psicanálise, violência de gênero, políticas públicas, violência domésticaResumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou escutar a narrativa de mulheres que sofreram violência doméstica e acionaram os meios legais para obter a proteção do Estado. Participaram da pesquisa três mulheres com processo em andamento em um juizado de violência doméstica situado em um município da região central do Rio Grande do Sul, cujas histórias de vida foram acessadas por meio de entrevistas individuais e, posteriormente, analisadas a partir da teoria psicanalítica. Os resultados permitiram compreender de que forma essas mulheres significaram e que posição ocuparam diante da violência sofrida, bem como quais responsabilidades assumiram enquanto sujeitos de suas próprias experiências. Em conclusão, salienta-se a importância de que as mulheres possam relatar, refletir e ressignificar suas experiências para que se produzam as mudanças subjetivas necessárias para o enfrentamento das situações de violência doméstica.
Downloads
Referências
Referências
Albuquerque, I. M., Torres, A. R. R., Estramiana, J. L. A., Luque, A. G., & Rodrigues, D. M. P. (2021). Investigaciones policiales: Tipos de violencia contra la mujer. Athenea Digital, 21(1), e-2703. https://atheneadigital.net/article/view/v21-1-albuquerque
André, S. (1998). O que quer uma mulher? Jorge Zahar Editor.
Birman, J. (1999). Cartografias do feminino. Editora 34.
Cavalheiro, R., & Silva, M. R. (2021). Psicanálise e dissidências de gênero: Questões para além da diferença sexual. Revista Subjetividades, 20(3), e10750. http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20i3.e9793
Cerruti, M. Q. (2007). Bate-se em uma mulher: Impasses da vitimização [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo]. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-12062008-163549/pt-br.php
Chies, A. (2012) Quem gosta de apanhar? Uma perspectiva psicanalítica da violência de gênero. Revista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, 1(6), 359- 384. http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/2013_I/IJC04_16.html
Diniz, G. R. S., & Angelim, F. P. (2003). Violência doméstica: Por que é tão difícil lidar com ela? Revista de Psicologia da UNESP, 2(1), 20-35. http://seer.assis.unesp.br/index.php/psicologia/article/view/1042/961
Freud, S. (1996). Sobre o narcisismo: Uma introdução. In: J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Imago. (Originalmente publicado em 1914)
Flores, H. A. H. (2013). Mulheres na Guerra dos Farrapos. Martins Livreiro.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública [FBSP]. (2020). Nota técnica: Violência doméstica durante a pandemia de Covid-19 (2ª ed.). Oficina 22. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/06/violencia-domestica-covid-19-ed02-v5.pdf
Guimarães, F. (2009). “Mas ele diz que me ama...”: Impacto da história de uma vítima na vivência de violência conjugal de outras mulheres. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 33, e3346. http://www.scielo.br/pdf/ptp/v33/1806-3446-ptp-33-e3346.pdf
Guzmán, M. C., & Derzi, C. A. M. (2021). O trauma e seu tratamento: Contribuições de Freud e Lacan. Revista Subjetividades, 21(1), e10750. http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v21i1.e9254
Engel, C. L. (2020). A violência contra a mulher. In: N. Fontoura, M. Rezende, & A. C. Querino (Orgs.), Beijing +20: Avanços e desafios no Brasil Contemporâneo. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10313/1/AViol%c3%aanciaContraMulher_Cap_4.pdf
Kehl, M. R. (2016). Deslocamento do feminino: A mulher freudiana na passagem para a modernidade (2ª ed.). Boitempo.
Lacan, J. (1998). A significação do falo. Jorge Zahar Editor. (Originalmente publicado em 1958).
Lacan, J. (1985). O Seminário, Livro XX: Mais, Ainda (1975). Jorge Zahar.
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (2006). Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm.
Martins, P. G. (2021). A Norma do falo e a abjeção da mulher na psicanálise. Revista Subjetividades, 21(1), e10945. http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v21i1.e10945
Mendes, S. R. (2014). Criminologia feminista: Novos paradigmas. Saraiva.
Naves, E. T. (2014). A mulher e a violência: Uma devastação subjetiva. Revista Subjetividades, 14(3), 454-462. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rs/v14n3/09.pdf.
Organização das Nações Unidas Mulheres. (2020, 07 de abril). Violência contra as mulheres e meninas é pandemia invisível, afirma diretora executiva da ONU Mulheres. https://www.onumulheres.org.br/noticias/violencia-contra-as-mulheres-e-meninas-e-pandemia-invisivel-afirma-diretora-executiva-da-onu-mulheres/
Ramos, E. D. (2021). Aportes (posibles) del psicoanálisis lacaniano a la teorización feminista no esencialista. Athenea Digital, 21(2), e-2884. https://atheneadigital.net/article/view/v21-2-delgado/2884.
Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016 (2016). Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em ciências humanas e sociais. Conselho Nacional em Saúde. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
Rosa, M. D., & Domingues, E. (2010). O método na pesquisa psicanalítica de fenômenos sociais e políticos: A utilização da entrevista e da observação. Psicologia & Sociedade, 22(1), 180-188. https://doi.org/10.1590/S0102-71822010000100021
Roso, A., Souza, J. G., Matos Romio, C., & Souza, A. F. (2020). “Fique em casa”. Revista Inter-Legere, 3(28), e21581. https://doi.org/10.21680/1982-1662.2020v3n28ID21436.
Saffioti, H. I. B. (2001). Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos Pagu, (16), 115-136. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n16/n16a07.pdf.
World Health Organization [WHO]. (2021, 9 march). Violence against women. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/violence-against-women.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Subjetividades
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.