A fragmentação do eu na esquizofrenia e o fenômeno do transitivismo: um caso clínico
Palavras-chave:
esquizofrenia, psicanálise, psicopatologia, transitivismo, euResumo
Nesse artigo, busca-se compreender a fragmentação do eu no quadro clínico da esquizofrenia a partir de uma leitura psicanalítica. Nessa perspectiva, apresenta-se uma breve digressão histórica do conceito de esquizofrenia elaborado por Eugéne Bleuler, destacando sua proposição relativa à cisão do eu e sua visão mais abrangente da psicopatologia que vai ao encontro da teoria de Jacques Lacan sobre a dissolução imaginária do eu na psicose. Dessa forma, apresenta-se o caso clínico de Julio, paciente esquizofrênico, que é um caso paradigmático para compreender essa sintomatologia, a partir do enquadre psicanalítico que pressupõe a existência de formações do inconsciente na organização psicopatológica da esquizofrenia. O caso clínico é analisado sobre dois segmentos, a saber, o momento do desencadeamento da psicose relativo a falta na estrutura simbólica no que concerne à função paterna. A falta do referente simbólico relativo desencadeia uma dissolução ao nível do eu na psicose; dessa forma, um dos fenômenos muito encontrados na esquizofrenia é a fragmentação egóica. Julio apresenta uma identificação imaginária aderida ao outro, uma captura pela imagem do outro sem exclusão recíproca, o que é próprio ao fenômeno do transitivismo. O fenômeno do transitivismo ocorre no estádio do espelho e surge em certos momentos do desenvolvimento psíquico, caracterizado por este momento de báscula em que as ações da criança e do seu semelhante se equivalem. Dessa forma, ao vincularmos o fenômeno do transitivismo aos sintomas do eu na esquizofrenia é possível articular uma leitura da clínica com psicose a partir desse operador.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.