TY - JOUR AU - Hanke, Bruno Curcino AU - de Oliveira, Humberto Moacir PY - 2016/07/18 Y2 - 2024/03/29 TI - “Arquitetura da Destruição” e a Segregação Cotidiana na Cultura JF - Revista Subjetividades JA - Rev. Subj. VL - 15 IS - 3 SE - Resenhas de Livros DO - 10.5020/23590777.15.3.472-478 UR - https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5113 SP - 472-478 AB - A partir de breve resenha sobre o documentário Arquitetura da Destruição, pretende-se destacar uma discussão acerca da segregação cotidiana na sociedade atual. Parte-se da tese lacaniana de 2003 exposta na Proposição de 9 de Outubro de 1967 sobre o Psicanalista da Escola, que indica três pontos que deveriam ser preocupação dos psicanalistas: uma escola de formação em psicanálise hierarquizada, o Complexo de Édipo e os campos de concentração. Lacan destaca o engendramento dos últimos dois conceitos como a dinâmica que a sociedade incorporou ao cotidiano, como um paradigma da subjetividade contemporânea. O esvaziamento dos sujeitos, tal e qual acontece nos campos de concentração, é percebido também numa cultura que privilegia as relações pautadas pela lógica mercadológica. À parte a diferença entre se tratar de um esvaziamento forçado (no regime nazista) ou não (sociedade de mercado), o fato é que a alienação ao Outro e ao próprio gozo aparecem como elementos centrais na manutenção da segregação social. Se o discurso hitlerista de harmonia e eugenia teve eco social, foi justamente no ponto em que se arregimentava um Outro poderoso o bastante para que seu desejo de domínio suplantasse a anulação dos que se submeteram a ele. Seguindo tal indicação, o artigo enfatiza ao seu final a relação contemporânea que se constrói entre cidadania e gozo. ER -