Feminino em Questão: Diálogos Contemporâneos entre Psicanálise e Feminismo
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20iEsp2.e8974Palavras-chave:
feminino, movimento feminista, psicanálise.Resumo
O artigo tem por objetivo apresentar as discussões teóricas entre a psicanálise e o movimento feminista, em especial no que tange aos conceitos freudianos e lacanianos sobre a posição feminina e seus ordenadores simbólicos, como a primazia do falo – frequentemente associado pela crítica feminista ao pênis, a um falocentrismo teórico e seus desdobramentos. No centro desse debate, o feminino impõe-se com um questionamento à psicanálise: rompendo os limites de uma lógica fálica, seria este um caminho para pensar a alteridade? Em tempos de levantes conservadores, resgatar essa discussão é propor um espaço de abertura para pensar a diferença.Downloads
Referências
Arán, M. (2006). O avesso do avesso: Feminilidade e novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro: Garamond.
Arán, M. (2009). A psicanálise e o dispositivo da diferença sexual. Revista de Estudos Feministas, 17(3), 653-673.
Ambra, P. E. S. (2014). A noção de homem em Lacan: Entre discurso e lógica. In P. E. S. Ambra & N. Silva Jr (Orgs.), Histeria e gênero (pp. 169-198). São Paulo: nVersos.
André, S. (1998). O que quer uma mulher? Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Beauvoir, S. (2009). O segundo sexo. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
Bento, B. (2006). A reinvenção do corpo: A sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond.
Brennan, T. (1997). Para além do falo – Uma crítica a Lacan do ponto de vista da mulher. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos.
Butler, J. (2013). Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Chodorow, N. (1990). Psicanálise da maternidade – Uma crítica a Freud a partir da mulher. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos.
Cossi, R. K. (2016). A diferença dos sexos: Lacan e o feminismo. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Demes, J. R., Chatelard, D. S., & Celes, L. A. M. (2011). O feminino como metáfora do sujeito na psicanálise. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 11(2), 645-667.
Dunker, C. I. L., & Barbero, G. H. (2010). Lesbianismo e visibilidade. A peste, 2(1), 21-43.
Freud, S. (1996a). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905). In J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 7, pp. 3-66). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1996b). Análise terminável e interminável (1937). In J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 23, pp. 225-270). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (2011a). Algumas consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos (1923). In P. C. Souza (Ed.), Obras completas: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925) (Vol. 16, pp. 183-299). São Paulo: Companhia das Letras.
Freud, S. (2011b). A dissolução do complexo de Édipo (1924). In P. C. Souza (Ed.), Obras completas: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925) (Vol. 16, pp. 203-213). São Paulo: Companhia das Letras.
Freud, S. (2011c). A organização genital infantil (1923). In P. C. Souza (Ed.), Obras completas: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925) (Vol. 16, pp. 168-175). São Paulo: Companhia das Letras.
Freud, S. (2015). A moral sexual “cultural” e o nervosismo moderno. In P. C. Souza (Ed.), Obras completas: O delírio e os sonhos na Gradiva, análise da fobia de um garoto de cinco anos e outros textos (1906-1909) (Vol. 8, pp. 359-388). São Paulo: Companhia das Letras.
Friedman, B. (1971). Mística feminina. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
Kehl, M. R. (2008). Deslocamentos do feminino. Rio de Janeiro: Imago Ed.
Knudsen, P. P. P. S. (2007). Gênero, psicanálise e Juditth Butler – Do transexualismo à política. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Lacan, J. (1985). O seminário, livro 20: Mais, ainda (1972-1973). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1995). O seminário, livro 4: A relação de objeto (1956-1957). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1998). Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise. In J. Lacan, Escritos (pp. 238-324). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1998). A significação do falo. In J. Lacan, Escritos (pp. 692-703). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (1999). O seminário, livro 5: As formações do inconsciente (1957-1958). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2005). O Simbólico, o imaginário e o real. In J. Lacan, Nomes-do-Pai (pp. 9-53). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lacan, J. (2012). O seminário, livro 19: ... Ou pior (1971-1972). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Lago, M. C. S. (2010). Feminismo, psicanálise, gênero: Viagens e traduções. Revista Estudos Feministas, 18(1), 189-204.
Lago, M. C. S. (2012). A Psicanálise nas ondas dos feminismos. In C. Rial, J. M., Pedro & S. M. F. Arend (Orgs.), Diversidades: Dimensões de gênero e sexualidade (pp. 287-304). Santa Catarina: Editora Mulheres.
Miguel, L. F. (2014). Identidade e diferença. In L. F. Miguel & F. Biroli (Orgs.), Feminismo e política (pp. 79-92). São Paulo: Editora Boitempo.
Neri, R. (2005). A psicanálise e o feminino: Um horizonte da modernidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Perelson, S. (2006). A parentalidade homossexual: Uma exposição do debate psicanalítico no cenário francês atual. Revista Estudos Feministas, 14(3), 709-730.
Ribeiro, M. A. C., Lamarca, D. B., Fonseca, M. R. & Junqueira, L. M. (2005). Mulher: Um sintoma para o homem? Revista Latinoamerican de Psicopatologia Fundamental, 18(1), 74-87.
Roudinesco, E. (1997). Théroigne de Méricout – Uma mulher melancólica durante a Revolução. Rio de Janeiro: Rocco.
Roudinesco, E. (2003). A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Rubin, G. (1993). O tráfico de mulheres: Notas sobre a “economia política do sexo”. Pernambuco: SOS Corpo.
Saffioti, H. I. B. (2004). Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.
Scott, J. (1995). Gênero: Uma categoria útil para análise histórica. Educação & Realidade, 20(2), 71-99.
Soler, C. (2005). O que Lacan dizia das mulheres. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.