O que a Clínica da Adolescência nos Ensina sobre o Ato?
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v17i3.5520Palavras-chave:
adolescência, ato, acting out, ato do analistaResumo
O presente artigo tem por objetivo situar, a partir de fragmentos clínicos do acompanhamento de uma adolescente em uma instituição pública de saúde, o conceito de ato para a psicanálise, segundo a teoria de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Abordaremos a especificidade do ato, tanto no que diz respeito a um modo peculiar de repetição - pela via da compulsão, que não aparece pela via da fala, mas pela atuação (acting out) - quanto no que tange ao ato do analista como função - indicando sua particularidade na incidência de um corte em relação à repetição como compulsão. Essa experiência clínica convoca-nos a pensar sobre a prevalência da repetição pela via do ato, que tem o corpo como destino, assim como sobre a função do ato analítico, que pode operar a partir desse significante enigmático que se revela no ato, de modo a deslocar uma repetição em ato para uma repetição pela via da fala.
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