“Arquitetura da Destruição” e a Segregação Cotidiana na Cultura

Autores

  • Bruno Curcino Hanke Faculdade Pitágoras de Betim
  • Humberto Moacir de Oliveira Faculdade Pitágoras de Ipatinga

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.15.3.472-478

Palavras-chave:

psicanálise, campos de concentração, Lacan, gozo, cidadania

Resumo

A partir de breve resenha sobre o documentário Arquitetura da Destruição, pretende-se destacar uma discussão acerca da segregação cotidiana na sociedade atual. Parte-se da tese lacaniana de 2003 exposta na Proposição de 9 de Outubro de 1967 sobre o Psicanalista da Escola, que indica três pontos que deveriam ser preocupação dos psicanalistas: uma escola de formação em psicanálise hierarquizada, o Complexo de Édipo e os campos de concentração. Lacan destaca o engendramento dos últimos dois conceitos como a dinâmica que a sociedade incorporou ao cotidiano, como um paradigma da subjetividade contemporânea. O esvaziamento dos sujeitos, tal e qual acontece nos campos de concentração, é percebido também numa cultura que privilegia as relações pautadas pela lógica mercadológica. À parte a diferença entre se tratar de um esvaziamento forçado (no regime nazista) ou não (sociedade de mercado), o fato é que a alienação ao Outro e ao próprio gozo aparecem como elementos centrais na manutenção da segregação social. Se o discurso hitlerista de harmonia e eugenia teve eco social, foi justamente no ponto em que se arregimentava um Outro poderoso o bastante para que seu desejo de domínio suplantasse a anulação dos que se submeteram a ele. Seguindo tal indicação, o artigo enfatiza ao seu final a relação contemporânea que se constrói entre cidadania e gozo.

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Publicado

18.07.2016

Como Citar

Hanke, B. C., & de Oliveira, H. M. (2016). “Arquitetura da Destruição” e a Segregação Cotidiana na Cultura. Revista Subjetividades, 15(3), 472–478. https://doi.org/10.5020/23590777.15.3.472-478

Edição

Seção

Resenhas de Livros