O Nome-do-Pai na Contemporaneidade: A Violência na Relação do Sujeito com a Falta

Autores

  • Glória Maria Monteiro de Carvalho Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

Nome-do-Pai, Contemporaneidade, Linguagem, Violência, Falta.

Resumo

Partimos da proposta de que a constituição da subjetividade, para a perspectiva psicanalítica, consiste num ato de violência possuidor de uma dimensão histórico-social. De acordo com Freud, a verdade do homem é a verdade do pai e, na leitura lacaniana, as leis do pai são leis da linguagem: a metáfora e a metonímia. Trata-se, nesse sentido, de uma violência da linguagem sobre o ser humano, com efeitos histórico-sociais, admitindo-se, então, pelo menos três dimensões desse ato de violência da linguagem sobre o indivíduo na constituição de sua subjetividade. Nessa perspectiva, a primeira dimensão da violência seria a captura do corpo da criança pelo significante e a segunda consistiria na morte simbólica do pai. A criança necessita matar (simbolicamente) o pai para se confrontar com a falta estrutural, isto é, a terceira dimensão da violência, e com o Nome-do-Pai, que dá suporte ao sujeito em relação a essa falta. No mundo contemporâneo, o confronto com a falta parece cada vez mais difícil. Tal dificuldade pode ser devido à tecnologia fundamentada numa (suposta) certeza que se atribui ao discurso científico, destacando-se os efeitos sociais dessa crença na atualidade das relações humanas.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Carvalho, G. M. M. de. (2016). O Nome-do-Pai na Contemporaneidade: A Violência na Relação do Sujeito com a Falta. Revista Subjetividades, 13(3-4), 555–572. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/5093

Edição

Seção

Artigos