Mal-estar no trabalho: do sofrimento ao poder de agir

Autores

  • Pedro F. Bendassolli UFRN

Palavras-chave:

Trabalho e subjetividade, mal-estar no trabalho, clínica da atividade, psicologia da ação, psicologia do trabalho

Resumo

A segunda metade do século passado é a época da institucionalização do tema do sofrimento no trabalho, especialmente o de natureza mental. Porém, mais do que uma categoria psicológica, o sofrimento parece ter se transformado em uma nova chave para se discutir o trabalho, seu significado, seu valor e sua função na compreensão da subjetividade, como também do modo como se estruturam os laços sociais e se vive em sociedade. Se, de um lado, não parece restarem dúvidas de que o sofrimento no trabalho, como modalidade de mal-estar, é uma categoria analítica que norteia a ação de diversos atores que pesquisam e intervêm nesse campo, de outro, parece menos comum a existência de debates sobre a natureza, as razões e implicações dessa tomada de posição diante do sujeito e o trabalho. O objetivo deste artigo é contribuir nessa direção. Argumenta-se que a retórica do sofrimento posiciona o sujeito como um ser vulnerável que necessita de contínuo subsídio e apoio para agir, ao passo que o próprio trabalho é concebido como uma ameaça. O artigo realiza uma discussão sobre as possibilidades que se abrem a partir de um deslocamento do sujeito do sofrimento para o sujeito da ação, e do trabalho como fator de adoecimento para o trabalho como atividade criadora.

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Publicado

25.05.2016

Como Citar

Bendassolli, P. F. (2016). Mal-estar no trabalho: do sofrimento ao poder de agir. Revista Subjetividades, 11(1), 65–99. Recuperado de https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/4977

Edição

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