O discurso do analista e a invenção de uma escola em movimento
Palavras-chave:
Psicanálise e educação. Mal-estares da educação. Teoria lacaniana dos quatro discursos. A escola e seus discursos. Uma escola em movimentoResumo
A psicanálise tem sido continuamente convocada a dar respostas sobre os mal-estares da educação, mal-estares que rondam todas as formas de laço social e dos quais a escola não pode escapar completamente. Freud vai dizer que educar, governar e analisar são profissões impossíveis. Lacan vai partir desta afirmação freudiana para construir a sua teoria dos discursos. O discurso do mestre, o discurso da histérica, o discurso universitário e o discurso do analista, são os quatro discursos radicais propostos por Lacan, todos eles presentes em nossas formas de enlaçamento com os outros e, portanto, todos eles presentes na escola. Para Lacan, os discursos se apresentam numa dinâmica, num movimento, e o discurso do analista aparece sempre na passagem de um discurso a outro. Por isso, o que este artigo defende é que a presença do discurso do analista em uma instituição como a escola produz um efeito interessante em sua dinâmica institucional, pois impede que esta se fixe em um ou outro padrão discursivo, evitando sua cristalização. Defendemos a presença e a valorização do discurso do analista para produzir uma escola onde o movimento discursivo aconteça de maneira mais fluida, uma escola onde os mal-estares não precisem ser eliminados, mas sim, transformados em motor e energia para o processo educativo. Uma escola em movimento – escola atravessada pelo discurso do analista – é uma escola que não pretende ter respostas prontas e definitivas para os mal-estares da educação, por outro lado, é capaz de fazer deles: movimento, vida e criação.Downloads
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