O inconsciente é psicossomático
Palavras-chave:
corpo, sujeito cerebral, fenômenos psicossomáticos, fantasia, psicanálise.Resumo
A onda de culto ao corpo que tem caracterizado a cultura contemporânea se radicaliza, no mundo científico, no culto ao cérebro que, de um órgão do corpo, responsável pelo sistema nervoso, passou a ser visto pela neurociência como “sujeito” das ações humanas. Pretende-se, com isso, que a Biologia seja uma ciência do homem total, fusionando neurologia, psiquiatria e antropologia, colocando o cérebro como o fundamento do espírito, ator social. O impacto de tal discurso nos fez refletir em torno da questão da subjetividade e corpo. A nossa aproximação ao tema representa uma primeira tentativa de estabelecer uma posição crítica à posição reducionista daqueles que tentam compreender as ações humanas pelo prisma biologizante. Na virada do século apagou-se a linha divisória do corpo e da mente que dominou o pensamento do homem do século XIX, influenciado pelo cartesianismo. O século XX se caracterizou pelo avanço, sem precedentes, no conhecimento e apropriação do corpo e suas funções pela medicina. Também foi neste mesmo século que a Psicanálise decifrou um corpo afetado pelo inconsciente. A questão da imagem corporal também foi posta como questão na organização subjetiva do homem. Esse domínio e apropriação do corpo, ligado ao inconsciente e amarrado ao sujeito o inseriu numa ordem cultural livre de repressões sociais. Faremos algumas considerações, com base em alguns trabalhos recentes, de pesquisadores psicanalíticos que vêm estudando a corporeidade nos sintomas psíquicos e o trânsito das pulsões nas duas direções: do corpo ao psíquico e do psíquico ao corpo. Tomaremos; em especial, as reflexões de Monah Winograd (2003) e de Paul-Laurent Assoun (2004). A primeira por fazer uma retrospectiva da relação corpo e psiquismo na obra de Freud e a segunda por trabalhar com a perspectiva de o inconsciente ser psicossomático.Downloads
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