Normatividade e plasticidade: algumas considerações sobre a clínica psicanalítica com pacientes neurológicos
Resumo
Ultrapassados os limites de uma técnica fundamentalmente interpretativa, a psicanálise deixa de se restringir ao âmbito do sofrimento neurótico e passa a intervir em outros campos da patologia do mental, quer nos quadros de origem psicogênica, quer nos quadros em que alterações de natureza orgânica engendram sofrimentos subjetivos – como acontece com muitos pacientes portadores de lesões cerebrais. No entanto, tais modalidades de intervenção exigem investigação teórica e técnica, já que as exigências deste tipo de clínica diferem em pontos consideravelmente importantes das encontradas na clínica psicanalítica clássica. O principal objetivo deste artigo é fornecer subsídios – por meio da articulação entre as formulações winnicottianas sobre dependência, confiança no ambiente, sentimento de continuidade espaço-temporal, e o conceito de normatividade postulado por Canguilhem – para uma abordagem teórica e prática que oriente a clínica psicanalítica com pacientes portadores de distúrbios neurológicos. A realização desta tarefa exige, primeiramente, uma investigação dos conceitos de plasticidade cerebral, epigênese e normatividade. De posse destes conceitos, finalmente, tecermos algumas considerações sobre a clínica psicanalítica com pacientes neurológicos. Palavras-chave: normatividade, plasticidade, epigênese, clínica psicanalítica, pacientes neurológicosDownloads
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