Angústia e subjetividade: reflexões sobre os fenômenos psicossomáticos a partir de Freud e Winnicott
Resumo
O trabalho desenvolvido no ambiente hospitalar nos coloca diante de diversas questões, entre as quais recortamos uma: como podemos entender, a partir do referencial teórico da psicanálise, os fenômenos psicossomáticos tão comuns de serem encontrados nos hospitais? Na tentativa de compreensão de tais fenômenos, o presente artigo percorre as considerações de Freud e Winnicott em relação à constituição da subjetividade e dos processos que mediam as relações psique/soma a partir das primeiras experiências de satisfação que deixam, como resíduo, a sensação de angústia a partir da qual o sujeito pode ir se constituindo. Inicialmente, a perspectiva freudiana sobre o conceito de angústia é apresentada. O texto percorre suas primeiras considerações sobre o tema concentrando-se na distinção efetuada pelo autor entre neuroses atuais e psico-neuroses. A seguir, ingressa nas considerações teóricas referentes aos artigos da meta-psicologia, nos quais a angústia é definida como um sucedâneo do processo de recalcamento. Em seguida, as últimas considerações freudianas sobre o conceito de angústia são apresentadas e relacionadas ao estado de desamparo físico e psíquico do bebê em suas primeiras experiências de satisfação. O texto apresenta, então, o conceito de angústia automática que produz, como resposta, a emergência da subjetividade. Tais argumentações são tomadas como ponte de transição para Winnicott e sua paradoxal percepção sobre o desenvolvimento emocional enfatizando o conceito cunhado pelo autor por “angústia impensável”. Por fim, o texto propõe uma questão: poderíamos conceber os fenômenos psicossomáticos como uma resposta possível à angústia impensável naquilo em que há algo, nesse movimento, de não simbolizável e que se expressa, assim, através do corpo? Palavras-chave: fenômenos psicossomáticos, angústia, subjetividade, psicanálise, clínica.Downloads
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