Marxismo e psicanálise no pensamento de Herbert Marcuse: uma polêmica
Resumo
A proposta deste artigo é mostrar que a interpretação de Marcuse da obra de Freud não pode ser compreendida fora da relação entre a psicanálise freudiana e o marxismo, uma relação que não é nem de oposição, nem de síntese (união), mas dialética – é neste contexto que a teoria freudiana revela toda a sua importância. Para compreendermos a interpretação de Freud realizada por Marcuse, optamos por analisar a crítica de Paul Robinson, segundo a qual Marcuse teria tentado “unir”, em Eros e Civilização, Marx e Freud. O trabalho baseado nesta crítica se mostrou muito frutífero, pois permitiu estabelecer uma série de pontuações em relação à interpretação de Marcuse. A fim de argumentarmos contra a leiturade P. Robinson, expusemos as devidas diferenças entre Marcuse e o Revisionismo Neo-freudiano: a interpretação da teoria freudiana realizada por Marcuse só pode ser compreendida dentro do contexto desta crítica – é aqui que ela revela toda a sua particularidade. Marcuse tenta “salvar” a teoria freudiana do psicologismo americano dos anos 50 e 60, apresentando-a como uma teoria essencialmente crítica. Também retomamos, por um lado, os conceitos de “dessublimação repressiva”, “maisrepressão” e “princípio de rendimento”, formulados por Marcuse em Eros e Civilização, assim como retomamos, por outro, o contexto da “crítica imanente” na qual a interpretação marcuseana se insere e sem a qual não pode ser compreendida. Palavras-Chave: Marcuse, Eros e Civilização, teoria crítica, psicanálise freudiana, marxismoDownloads
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