A Qualidade Conjugal de Casais Heteroafetivos do Sul do Brasil: Estudo Descritivo
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e12969Palavras-chave:
Satisfação conjugal, qualidade conjugal, ajustamento conjugal.Resumo
A qualidade do relacionamento conjugal é um conceito multidimensional que corresponde a um processo dinâmico e interativo, de como o casal avalia seu relacionamento. Para tanto, este estudo teve como objetivo analisar os níveis e as características da qualidade do relacionamento conjugal em casais, pais de crianças de zero e seis anos de idade. Trata-se de um estudo misto, transversal, descritivo e exploratório. Participaram da amostra 204 pessoas, as quais responderam individualmente aos questionários: Sociodemográfico, Ajustamento Diádico (DAS) e Satisfação Conjugal (GRIMS), além da técnica de Entrevista Semiestruturada. Realizaram-se análises estatísticas descritivas e análise categorial temática. Os resultados demonstraram a predominância de níveis e características harmônicas dos participantes, especialmente quanto à coesão, comunicação, relação sexual, suporte emocional e rede de apoio social e religiosa. Destaca-se que as discussões presentes possam servir para o desenvolvimento de projetos psicoeducativos, direcionados à qualidade do relacionamento amoroso como um todo.Downloads
Referências
Baldin, N., & Munhoz, E. M. B. (2011). Snowball (bola de neve): Uma técnica metodológica para pesquisa em educação ambiental comunitária. In: X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/cedoc/detalhe/x-congresso-nacional-de-educacao,fc47a7ce-a6e5-49fa-a840-c455db5ad731
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70.
Becker, A. P. S. (2020). Entrelaços de afeto: A relação entre o apego dos membros do casal na infância e o relacionamento conjugal e parental. [Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina]. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216378
Becker, A. P. S., Maestri, T. P., & Bobato, S. T. (2015). Impacto da religiosidade na relação entre pais e filhos adolescentes. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 67(1), 84-98. https://www.redalyc.org/pdf/2290/229039192007.pdf
Bianchin, L. F., & Gomes, K. M. (2018). O desenvolvimento da empatia e vínculo afetivo em crianças e adolescentes abrigados. Revista de Iniciação Científica – UNESC, 16(1), 41-54. https://periodicos.unesc.net/ojs/index.php/iniciacaocientifica/article/view/4271
Biasoli-Alves, Z. M. M. (1998). A pesquisa em psicologia: Análise de métodos e estratégias na construção de um conhecimento que se pretende científico. In: G. Romanelli, & Z. M. Biasoli-Alves (Orgs), Diálogos metodológicos sobre prática de pesquisa. Legis Summa.
Bochi, A., Friedrich, D., & Pacheco, J. T. B. (2016). Revisão sistemática de estudos sobre programas de treinamento parental. Temas em Psicologia, 24(2), 549-563. http://dx.doi.org/10.9788/TP2016.2-09
Delatorre, M. Z., & Wagner, A. (2021). A relação conjugal na perspectiva de casais. Ciências psicológicas, 15(1), 1-20. https://doi.org/10.22235/cp.v15i1.2355
Dew, J. P., Uecker, J. E., & Willoughby, B. J. (2020). Joint religiosity and married couples’ sexual satisfaction. Psychology of Religion and Spirituality, 12(2), 201-212. https://doi.org/10.1037/rel0000243
Evangelista, M. R. C., & Menandro, P. R. M. (2011). “Casados para sempre”: Casamento e família na concepção de casais evangélicos neopentecostais. Psicologia Argumento, 29(66), 343–352. https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/20343
Falcke, D. (2003). Águas passadas não movem moinhos? As experiências na família de origem como preditoras da qualidade do relacionamento conjugal. [Tese de Doutorado não publicada], Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Fallis, E. E., Rehman, U. S., Woody, E. Z., & Purdon, C. (2016). The longitudinal association of relationship satisfaction and sexual satisfaction in long-term relationships. Journal of Family Psychology, 30(7), 822–831. https://doi.org/10.1037/fam0000205
Feeney, J. A. (2003). The systemic nature of couple relationships: An attachment perspective. In: P. Erdmann, & T. Caffery (Eds), Attachment and family systems: Conceptual, empirical and therapeutic relatedness (pp.139-163). Brunner/Mazel.
Finchan, F. D., & May, R. W. (2017). Prayer and forgiveness: Beyond relationship quality and extension to marriage. Journal of Family Psychology, 31(6), 734-741. https://doi.org/10.1037/fam0000331
Fonseca, R. C. T., & Carvalho, A. L. N. (2016). O papel da empatia e da comunicação assertiva na satisfação conjugal em casamentos de longa duração. Polêmica, 16(2), 40-58. https://doi.org/10.12957/polemica.2016.22901
Gallegos, M. I., Jacobvitz, D. B., & Hazen, N. L. (2020). Marital interaction quality over the transition to parenthood: The role of parents’ perceptions of spouses’ parenting. Journal of Family Psychology, 34(6), 766-772. https://doi.org/10.1037/fam0000656
Guest, G., Bunce, A., & Johnson, L. (2006). How many interviews are enough? An experiment with data saturation and variability. Field Methods, 18(1), 59-82. https://doi.org/10.1177/1525822X05279903
Heckler, V. I., & Mosmann, C. (2014). Casais de dupla carreira nos anos iniciais do casamento: Compreendendo a formação do casal, papéis, trabalho e projetos de vida. Barbarói, 2(41), 119-147. https://www.researchgate.net/profile/Clarisse-Mosmann/publication/285582237_CASAIS_DE_DUPLA_CARREIRA_NOS_ANOS_INICIAIS_DO_CASAMENTO_COMPREENDENDO_A_FORMACAO_DO_CASAL_PAPEIS_TRABALHO_E_PROJETOS_DE_VIDA/links/565ff8e908aeafc2aaca9b32/CASAIS-DE-DUPLA-CARREIRA-NOS-ANOS-INICIAIS-DO-CASAMENTO-COMPREENDENDO-A-FORMACAO-DO-CASAL-PAPEIS-TRABALHO-E-PROJETOS-DE-VIDA.pdf
Heckler, V. I., & Mosmann, C. P. (2016). A qualidade conjugal nos anos iniciais do casamento em casais de dupla carreira. Psicologia Clínica, 28(1), 161–182. https://www.redalyc.org/pdf/2910/291045794009.pdf
Heilborn, M. L. A., Peixoto, C. E., & Barros, M. M. L. (2020). Tensões familiares em tempos de pandemia e confinamento: cuidadoras familiares. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 30(2), 1-8. https://doi.org/10.1590/s0103-73312020300206
Hernandez, J. A. E. (2005). Papéis sexuais, ajustamento conjugal e emocional na transição para a parentalidade. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/5483
Karwowski-Marques, A. P. M. (2008). Percepções sobre o amor, a qualidade e a satisfação com o relacionamento em casais. [Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos]. http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/2881
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018). Estatísticas do registro civil de 2018. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/135/rc_2018_v45_informativo.pdf
Macedo, A. A. (2017). Escolhendo escolher: Motivos e expectativas com relação ao casamento. Temas em Educação e Saúde, 13(2), 209-223. https://doi.org/10.26673/rtes.v13.n2.jul-dez.2017.10159
McGoldrick, M., & Shibusawa, T. (2016). O ciclo de vida familiar. In: F. Walsh (Ed.), Processos normativos da família: Diversidade e complexidade (pp. 375-398). Artmed.
McNulty, J. K., & Dugas, A. (2019). A dyadic perspective on gratitude sheds light on both its benefits and its costs: Evidence that low gratitude acts as a “weak link”. Journal of Family Psychology, 33(7), 876-881. https://doi.org/10.1037/fam0000533
Mosmann, C., Wagner, A., & Féres-Carneiro, T. (2007). Qué és la calidad conyugal? Uma revisión de conceptos. Cuadernos de Terapia Familiar, 16(35), 213-230. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2648232
Mosmann, C., Wagner, A., & Sarriera, J. (2008). A qualidade conjugal como preditora dos estilos educativos parentais: O perfil discriminante de casais com filhos adolescentes. Psicologia, 22(2), 161-182. https://doi.org/10.17575/rpsicol.v22i2.352
Mosmann, C. P., Levandowski, D. C., Costa, C. B., Zordan, E. P., Rosado, J. S., & Wagner, A. (2015). Qualidade conjugal: Como os casais avaliam seu relacionamento? In: A. Wagner, C. Mosmann, & D. Falcke (Orgs), Viver a dois: Oportunidades e desafios da conjugalidade. Sinodal.
Murta, S. G., Rodrigues, A. C., Rosa, I. O., & Paulo, S. G. (2012). Avaliação de um programa psicoeducativo de transição para a parentalidade. Paidéia, 22(53), 403-412. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2012000300012
Neumann, A. P., Mosmann, C. P., & Wagner, A. (2015). Viver a dois: É possível educar para a conjugalidade? In: A.Wagner, C.Mosmann, & D. Falcke (Orgs), Viver a dois: Oportunidades e desafios da conjugalidade. Sinodal.
Perlin, G. (2001). Casais que trabalham e são felizes: Mito ou realidade? [Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília]. https://repositorio.unb.br/handle/10482/12469
Riter, H. S., Zanon, L. L. D., & Freitas, L. B. L. (2019). Projetos de vida de adolescentes de nível socioeconômico baixo quanto aos relacionamentos afetivos. Revista da SPAGESP, 20(1), 55-68. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7155479
Rizzon, A. L. C., Mosmann, C. P., & Wagner, A. (2013). A qualidade conjugal e os elementos do amor: Um estudo correlacional. Contextos Clínicos, 6(1), 41-49. https://doi.org/10.4013/ctc.2013.61.05
Rocha, F. D. A., & Fensterseifer, L. (2019). A função do relacionamento sexual para casais em diferentes etapas do ciclo de vida familiar. Contextos Clínicos, 12(2). https://doi.org/10.4013/ctc.2019.122.08
Rosado, J. S., & Wagner, A. (2015). Qualidade, ajustamento e satisfação conjugal: Revisão sistemática da literatura. Pensando Famílias, 19(2), 21-33. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/150296
Rosado, J. S., Barbosa, P. V., & Wagner, A. (2016). Ajustamento conjugal: A função das características individuais, do casal e do contexto. Psicologia em Pesquisa, 10(1), 26-33. https://periodicos.ufjf.br/index.php/psicologiaempesquisa/article/view/23343
Rust, J., Bennun, I., Crowe, M., & Golombok, S. (1988). The golombok rust inventory of marital state (GRIMS). Sexual and Marital Therapy, 1(1), 55-60. https://doi.org/10.1080/02674658608407680
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. P. B. (2013). Metodologia de pesquisa. Penso.
Scheeren, P., Delatorre, M. Z., Neumann, A. P., & Wagner, A. (2015). O papel preditor dos estilos de apego na resolução do conflito conjugal. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 15(3), 835–852. https://doi.org/10.12957/epp.2015.19415
Schmidt, B., Bolze, S. D. A., Vieira, M. L., & Crepaldi, M. A. (2015). Relacionamento conjugal e características sociodemográficas de casais heteroafetivos. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 15(3), 871-890. https://doi.org/10.12957/epp.2015.19417
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2010). Satisfação conjugal: Revisão integrativa da literatura científica nacional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(3), 525-531. https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000300015
Souza, A. (2020, 09 de Junho). Relações familiares podem sofrer desgaste durante quarentena. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. https://www.al.sp.gov.br/noticia/?09/06/2020/relacoes-familiares-podem-sofrer-desgaste-durante-quarentena#:~:text=Para%20Ana%20Paula%2C%20os%20conflitos,cen%C3%A1rio%20mais%20grave%22%2C%20pontuou
Venturini, A. P. C., & Piccinini, C. A. (2014). Percepção de adolescentes não-pais sobre projetos de vida e sobre a paternidade adolescente. Psicologia & Sociedade, 26(spe), 172-182. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000500018
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Subjetividades
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.
