O texto freudiano como analisador da cultura: uma resposta aos discursos totalizantes da ciência e da religião
Resumo
O presente estudo percorre a obra cultural freudiana, especialmente seus escritos sobre a moral, a religião, o discurso da ciência e a guerra, argumentando sobre sua eficácia como instrumento analisador de acontecimentos culturais postos na modernidade. Nesse sentido, assinala a condição humana descrita pela psicanálise e o antagonismo próprio ao encontro do sujeito com a cultura, reconstituindo a crítica aos ideais de plenitude e bem viver veiculados pela instituição religiosa e atualizados radicalmente via discurso da ciência. Desse modo, argumenta sobre a ascensão do saber científico à forma exclusiva de acesso à verdade e a visão de homem que ele faz emergir quando disponibiliza um arsenal tecnológico e técnico como oferta de poder e satisfação absolutos para o humano. Contra a promessa ingênua de uma felicidade sem tensões que comparece em ditos ideais, o estudo remete ao mal-estar imanente à proposição de sujeito psicanalítica; opta pela análise da guerra como acontecimento cultural que reafirma a força destrutiva da “pulsão de morte” e aponta para o caráter trágico do saber analítico. A reflexão permite acessar uma instigante leitura da cena cultural moderna, concluindo por demonstrar a potência crítica da proposição ética engendrada pela psicanálise e acenando para a pertinência desse aparelho teórico como instrumento analisador de fatos sociais em processo no contemporâneo. Palavras-chave: psicanálise, cultura, religião, ciência, segregação, moralDownloads
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